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Médico que retirou órgãos de criança viva é preso

Homem foi preso 23 anos após o crime

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  • Da Redação

Publicado em 10 de maio de 2023 às 16:54

 - Atualizado há um ano

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O médico Álvaro Ianhez, foi preso na terça-feira (9) no interior de São Paulo após ser condenado a 21 anos e oito meses de prisão peça morte do menino Paulo Varonesi Pavesi. O crime aconteceu em abril de 2000, na Santa Casa de Misericórdia de Poços de Caldas, em Minas Gerais.

A prisão aconteceu após uma decisão do Superior Tribunal de Justiça que cassou a liminar que impedia a prisão do médico. A condenação foi em 2022. Ele deve ser transferido a uma unidade prisional de Minas Gerais, de acordo com informações do UOL.

Álvaro foi condenado por homicídio duplamente qualificado por motivo torpe, e pela vítima ter menos de 14 anos. Outros dois médicos também foram condenados: José Luis Gomes da Silva e José Luis Bonfitto pegaram 25 anos de prisão, cada. Um terceiro médico, Marco Alexandre Pacheco da Fonseca, foi absolvido pelo júri.

Relembre o crime A criança foi internada no Hospital Pedro Sanches após cair de uma altura de 10 andares do prédio onde morava. Depois, foi transferida para a Santa Casa. Lá, os médicos informaram aos pais que Paulo teria sofrido morte cerebral em decorrência de traumatismo craniano.

Os profissionais disseram ainda terem retirado os órgãos e enviado para o banco de transplantes. No entanto, os pais passaram a suspeitar após receberem uma conta de R$ 12 mil referente aos medicamentos usados para remoção dos órgãos da criança, quando o processo deveria ter sido custeado pelo SUS (Sistema Único de Saúde).

A Polícia Federal constatou que o exame que teria atestado a morte cerebral de Paulo foi feito de forma irregular, e a documentação sobre a morte foi forjada para que Paulo fosse doador.