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General do GSI diz que dados são muito "requentados" e vários estão disponíveis publicamente
Da Redação
Publicado em 2 de junho de 2020 às 12:53
- Atualizado há um ano
O ministro da Justiça, André Mendonça, pediu que a Polícia Federal instaure um inquérito para investigar o vazamento de dados que seriam do presidente Jair Bolsonaro, dos filhos dele e de ministros, empresários e políticos bolsonaristas. O vazamento acontecue na noite da segunda (1º) pelo grupo Anonymous Brasil.
Os hackers divulgaram supostos dados de cadastros, incluindo telefones pessoais e endereços de várias pessoas ligadas à família. Informações sobre patrimônio também foram publicadas.
O Twitter apagou as postagens feitas pelo grupo e o perfil Anonymous Brasil foi banido da rede social por violação das regras de uso.
Entre os alvos do vazamento estão o presidente, os filhos Flávio, Carlos e Eduardo, o ministro Abraham Weintraub, da Educação, a ministra Damares Alves, o deputado estadual Douglas Garcia (PSL-SP) o empresário Luciano Hang, conhecido apoiador de Bolsonaro.
Douglas Garcia foi um dos primeiros a confirmar o vazamento de dados. Ele disse que vai registrar um boletim de ocorrência sobre o caso. Carlos Bolsonaro também confirmou e disse que a "turma pró-democracia" está por trás do ataque, sem apresentar nenhuma prova de quem seria o responsável.
O Ministério da Mulher e dos Direitos Humanos afirmou repudiar o vazamento, afirmando que é uma violação de direitos fundamentais. " A divergência de ideias jamais deveria ser justificativa para a prática de ação totalitária e antidemocrática como esta. Que os responsáveis sejam devidamente identificados e processados, nos termos da lei", diz nota da pasta, comandada por Damares. O Palácio do Planalto não comentou.
O diretor do Departamento de Segurança da Informação (DSI), general de Brigada Antônio Carlos de Oliveira Freitas, afirmou ao Uol que este órgão, que e é vinculado ao Gabinete de Segurança Institucional (GSI), também acompanha o caso. "Mas a investigação para saber quem vazou não é conosco; é caso de inteligência, policial", diz.
Segundo Freitas, a ideia do Planalto é não dar muita publicidade ao caso. "Os dados, muitos são requentados, em especial os do presidente. E muitos podem ser obtidos por pesquisa mais atenta na mídia aberta. Quer dizer, nem todos os dados são, propriamente, fruto de vazamento", avalia.