O voo de galinha de Rui, a volta da PF à região cacaueira e o coração partido do petista apaixonado; leia mais na coluna Pombo-Correio

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  • Coluna Pombo Correio

Publicado em 26 de abril de 2024 às 08:39

Fernando Haddad e Arthur Lira
Fernando Haddad e Arthur Lira Crédito: Lula Marques/Agência Brasil

Voo de galinha

Quem não gostou nem um pouco de ver a foto do ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), entregando as propostas de reforma tributária ao presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, ambos com sorrisos estampados nos rostos, foi o ministro chefe da Casa Civil, Rui Costa (PT). Diante da briga de Lira e consequente fritura do ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha (PT), Rui achou que seria alçado ao papel de grande articulador do governo no Congresso. Voo que ele tem tentado exercer desde o início do governo Lula. Mas, pelo visto, tem conseguido apenas um voo de galinha. Para piorar, vê o seu desafeto Fernando Haddad ocupar o seu lugar com voos mais altos.

A volta da PF

O prefeito de uma importante cidade da região cacaueira pode, em breve, ser acordado às 6h da manhã pela Polícia Federal (PF). Há uma operação em curso no Ministério Público Federal (MPF) e na PF para apurar graves irregularidades no município com envolvimento direto do gestor. Recentemente, uma força-tarefa semelhante ocorreu em Ilhéus. Ao que tudo indica, a cena será a mesma em outra cidade da região.

O amor é lindo

O que fará um certo cardeal do PT baiano agora que a sua amada decidiu se distanciar dele e passar o resto do ano numa belíssima cidade litorânea? Irá ele atrás da bem-amada ou vai renunciar à paixão? Este drama sentimental, que lembra romances de Jorge Amado, pode ter fim trágico. Nosso “Vadinho” da política é casado e a esposa já está de orelha em pé.

Tragédia cômica

E a piada pronta da semana que circulou nas redes seria cômica, se não fosse trágica: “Davi e Mani terminaram, Belo e Gracyanne terminaram…A ponte Salvador-Itaparica nem começou”.

Kannário de Vice?

O vice-governador Geraldo Júnior (MDB) disse que num prazo de 10 dias anunciaria o seu candidato a vice para as eleições deste ano. Já se passaram 20 dias e nada. Essa semana, no entanto, com o anúncio da deputada federal Lídice da Mata (PSB) como coordenadora da campanha do vice-governador, surgiu um novo nome. Fortes indícios indicam que o recém-filiado ao PSB de Lídice, o cantor Igor Kannário, pode ser convidado a qualquer momento para compor a chapa de Geraldo.

Maior abandonado

Por falar em Geraldo Júnior, ele tem se queixado da cúpula estadual do MDB pela falta de apoio financeiro à sua campanha. Até o momento, não há clareza dos recursos que estarão disponíveis para ele. Geraldo tem desabafado com amigos e aliados que os líderes do partido têm se dedicado mais à articulação política no interior ao invés de apoiá-lo na capital.

Engolindo a seco

Ainda sobre Geraldo, o vice-governador ficou irado com a troca de afagos do ministro das Cidades, Jader Filho (MDB), com o prefeito Bruno Reis (União Brasil), nesta quinta-feira (25), durante entrega do trecho 2 do BRT de Salvador. No ato, o ministro, do mesmo partido de Geraldo, levou “o abraço do presidente Lula” a Bruno e disse que “nós vamos continuar trabalhando em parceria aqui em especial, aqui em Salvador”. O vice-governador não gostou nada e não economizou nos palavrões quando viu as notícias. Mas nada pode fazer. Restou a ele engolir seco e depois procurar o ministro para fazer uma foto.

Bilhões às cegas

Com o novo empréstimo enviado à Assembleia Legislativa, Jerônimo Rodrigues já soma R$6 bilhões de endividamento um pouco antes de completar um ano e quatro meses de gestão. O último pedido requer sinal verde da Casa para manejar US$400 milhões - R$2 bilhões em conversão atual - engavetados no primeiro ano do governo Rui, quase dez anos atrás. Os números impressionam: Jerônimo atingiu a marca de praticamente dois empréstimos a cada dois meses (o atual é o sétimo). São quase R$400 milhões em empréstimos por mês.

Candidato Único

Ilhéus e Barreiras são hoje palco principal das articulações políticas que envolvem os líderes estaduais do União Brasil e do PP. Os partidos buscam a unificação das candidaturas em ambas as cidades. Em Ilhéus, estão na disputa Valderico Junior (União Brasil) e Jabes Ribeiro (PP) e, em Barreiras, Otoniel Teixeira (União Brasil) e Danilo Henrique (PP). O desejo das principais lideranças é que haja uma unificação de candidaturas em ambas as cidades. Fontes das duas legendas confidenciaram que pesquisas de intenção de voto serão feitas e, mais à frente, o melhor posicionado irá representar a coligação.

Tiro pela culatra

Pesquisa recente em Mata de São João mostra que o prefeito Bira da Barraca (PP) não apenas está crescendo como já abriu também uma ampla vantagem sobre o segundo colocado. O crescimento de Bira tem incomodado certos veículos de comunicação que vêm plantando notinhas para tentar conter o avanço do político. Ao que parece, o tiro saiu pela culatra.

Economia de Selfies

O fechamento de questão que está por vir dentro do União Brasil sobre temas prioritários para o partido na Bahia já começa a trazer preocupação para alguns deputados estaduais, pois o direcionamento vai limitar algum tipo de tentativa de jogo com o governo estadual. Alguns deputados vão ter de economizar nas selfies. O partido fará reuniões para debater temas importantes e as decisões tomadas vão virar fechamento de questão na Assembleia Legislativa. Quem não respeitar pode incorrer em infidelidade partidária e ficar sem acesso ao fundo partidário e eleitoral já para as eleições de 2024, conforme apurou a coluna.