Monark e responsáveis pelo 'Flow' podem ser presos por apologia ao nazismo, diz MP

Influencer também pode ser condenado a pagar multa

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  • Da Redação

Publicado em 10 de fevereiro de 2022 às 11:10

- Atualizado há um ano

. Crédito: Foto: Reprodução

O influencer Monark e os outros responsáveis pelo Flow Podcast são investigados pelo Ministério Público de São Paulo por apologia ao nazismo. Eles podem pagar indenizações e até ser presos caso sejam condenados pela Justiça por discriminação contra judeus durante o programa ao vivo realizado na última segunda-feira (7). 

O MP apura o caso envolvendo o influencer e o programa em duas esferas: a cível e a criminal, informou o g1.

Na esfera cível, a Promotoria de Direitos Humanos investiga se Monark e o Flow Podcast usaram a internet para divulgar a defesa do nazismo e discriminação por procedência nacional. O MP deve pedir à Justiça que os investigados paguem uma indenização, ainda a ser estipulada, por terem ofendido toda a comunidade judaica. Não caberia prisão nesse caso.

Em caso de eventual condenação pelos danos causados, os investigados teriam de pagar quantias em dinheiro para um fundo que trataria sobre como combater discursos de ódio.

Na esfera criminal, a Promotoria Criminal e a Polícia Civil vão apurar se Monark e o Flow Podcast usaram a internet para defender o nazismo e discriminar judeus. Em caso de eventual condenação na Justiça, eles podem receber pena de até 5 anos de prisão ou pagar multa.Caso Monark Monark é desligado dos Estúdios Flow após defender existência de partido nazista Monark diz que estava bêbado quando defendeu existência do partido nazista Podcast Flow perde patrocínios após Monark defender partido nazista no Brasil Investigações  Monark afirmou, durante entrevista com os deputados federais Kim Kataguiri (DEM) e Tabata Amaral (PSB) que deveria haver um "partido nazista reconhecido pela lei" e que "se um cara quisesse ser antijudeu, eu acho que ele tinha o direito de ser". 

“Eu acho que o nazista, tinha que ter o partido nazista reconhecido pela lei”. " A questão é, se o cara quiser ser um antijudeu, eu acho que ele tinha o direito de ser.”

O Ministério Público Federal (MPF), em Brasília, também investiga Monark por apologia ao nazismo após determinação do procurador-geral Augusto Aras. Mas além do influencer, a Procuradoria apura se Kim cometeu o mesmo crime por entender que ele fez declarações de cunho neonazista ao responder a Tabata que a Alemanha não deveria ter criminalizado o nazismo:

Tabata: “Kim, você acha que é errado a Alemanha ter criminalizado o nazismo?” Kim: “acho!”