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Especialistas em carreira e gestão de pessoas comentam o que é preciso para ser sempre ouvido dentro do ambiente de trabalho
Priscila Natividade
Publicado em 21 de janeiro de 2019 às 06:00
- Atualizado há um ano
O médico Rogério Palmeira entrou no Hospital do Subúrbio como plantonista no mesmo ano da fundação da unidade, em 2010. Dois anos depois, o envolvimento com a equipe e o engajamento nas novas práticas de atendimento adotadas pelo hospital o tornaram coordenador da Linha de Clínica Médica.
“Quando fiz faculdade, a formação era muito voltada para o médico como o centro da equipe. Hoje o trabalho se tornou colaborativo para que o paciente consiga ter uma assistência integral. Isso exigiu de mim uma capacidade de adaptação e aprendizado, sobretudo, no que diz respeito à comunicação com diversas áreas”, conta.
A habilidade de se abrir para novos conhecimentos e modelos consolidou o seu caminho dentro do hospital e o tornou referência tanto para a instituição como para o grupo. “Com frequência, a equipe médica mudava, mas eu persistia, acreditando nesse modelo assistencial mais integrado e no trabalho em equipe. Se aquilo nos completa, progressivamente a gente é visto de uma maneira positiva pelos colegas, pela organização e no ambiente que a pertencemos”, acrescenta Palmeira.
E, como mostra ele, relevância se conquista. A maneira como o médico é visto pelo grupo e pacientes do hospital foram decisivas para assumir a coordenação, como afirma a analista de gestão de Pessoas do Hospital do Subúrbio, Mariana Leal. “O mais importante é saber lidar com pessoas. Ou seja, oferecer um serviço diferenciado. Ter iniciativa, criatividade e, principalmente trabalhar em equipe. O respeito vem com a postura ética e a entegra que são indispensáveis para que esta relevância possa se consolidar”, destaca a analista.
Como chegar lá
Com isso em mente, o próximo passo é trabalhar a percepção que as pessoas ao seu redor têm de que é qualificado e atualizado, que inspira confiança e credibilidade. A dica é da consultora em Presença Executiva e Liderança e especialista em Personal Branding, Ilana Berenholc.
“O profissional deve ter clareza da sua proposta e valor: de seus pontos fortes, de seus talentos, de que forma e para quem gera valor. A proposta de valor responde a seguinte pergunta: Qual problema eu resolvo ou qual oportunidade detecto?” .
Outro valor que agrega relevância é ir além das funções do dia a dia, sem invadir os espaços de ninguém. Com respeito, senso de equipe e cooperação. Segundo o especialista em gestão e liderança e diretor da BTS Consultoria, Renato Grinberg, vale pensar em como contribuir para a empresa ao invés de se apegar às recompensas que a organização pode oferecer de volta, entendendo o que a empresa precisa para ser bem sucedida e contribuir de maneira focada para esses objetivos se concretizarem.
“É necessário ser consistente com seus resultados e sempre cuidar do seu posicionamento. Nesse cenário existe um ganha-ganha. A empresa atinge seus objetivos e o profissional evolui em sua carreira”, aconselha.
SEJA RELEVANTE
De mãos dadas com reputação Ela é desenvolvida com o tempo e é diretamente ligada a uma entrega consistente, que, no mínimo, satisfaz as expectativas do que é esperado dele. Aprimore seus pontos fortes, reco- nheça seu diferencial e use isso como elemento de posicionamento profissional.
Marca pessoal Tenha clareza para se expressar e busque entregar uma comunicação consistente e, todos os canais. Também é importante se fazer sempre presente.
Seja visto, lembrado e valorizado O profissional deve aproveitar os benefícios das redes sociais - aquelas relevantes para o seu público - compartilhando conteúdo, gerando valor e relacionamentos. No entanto, as oportunidades no mundo offline devem também ser trabalhadas: aproveitar oportunidades de networking e esteja sempre em busca de oportunidades que possam agregar.