Receba por email.
Cadastre-se e receba grátis as principais notícias do Correio.
Militares estavam com mais dois homens no Cobalt de onde partiram os tiros contra vereadora
Da Redação
Publicado em 10 de maio de 2018 às 07:23
- Atualizado há um ano
Durante depoimento à polícia, a testemunha-chave disse que um policial lotado no 16° BPM (olaria) e um ex-PM do batalhão da Maré participaram da execução da vereadora Marielle Franco (PSOL) e do motorista Anderson Gomes. A dupla, segundo ela, estava, com outros dois homens, no Cobalt prata usado na execução.
Os quatro que estariam no carro foram identificados por essa testemunha e vêm sendo investigados pela Delegacia de Homicídios da capital (DH).
Segundo as informações do jornal O Globo, trata-se da mesma testemunha que denunciou o envolvimento do vereador Marcello Siciliano (PHS) no caso, por causa de uma desavença — ele nega.
O delator, que colabora com as investigações em troca de proteção, relatou que a execução foi planejada por Orlando Oliveira de Araújo, o Orlando de Curicica — um ex-PM preso acusado de chefiar uma milícia na zona oeste do Rio — junto com o vereador.
Ainda conforme O Globo, a testemunha-chave informou que os homens que estavam com os militares no Cobalt são ligados a Orlando. O miliciano teria usado o celular de um outro preso para dar ordem de execução da vereadora.
Em três depoimentos à Divisão de Homicídios (DH) do Rio, a testemunha deu informações sobre datas, horários e até locais de reuniões entre o vereador e o miliciano. Mais tarde, ele teria mudado sua versão ao ser interrogado pelo Ministério Público, e passou a negar a participação de Orlando na execução.