'Vai começar esse negócio?', diz Bolsonaro sobre recomendação de passaporte sanitário

Presidente afirmou que teremos que enfrentar a variante ômicron

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  • Da Redação

Publicado em 7 de dezembro de 2021 às 17:24

- Atualizado há um ano

. Crédito: Isác Nobrega/PR

O presidente Jair Bolsonaro (PL) criticou uma recomendação da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) nesta terça-feira (7), sobre a recomendação de passaporte sanitário.

" De novo, porra? De novo vai começar esse negócio?", questionou o presidente, diante de uma plateia de empresários num evento da CNI (Confederação Nacional da Indústria).

O chefe do Executivo federal também mencionou a ômicron, nova variante do coronavírus, e afirmou que teremos que a "enfrentar".

"Ah, o ômicron. Vai ter um montão de vírus pela frente, um montão de variante pela frente, talvez. Peço a Deus que esteja errado, mas temos que enfrentar", completou o chefe do Executivo.

As afirmações acontecem depois da proposição da Anvisa de restringir a entrada de passageiros de voos de dez países da África. A nova cepa do coronavírus foi identificada pela primeira vez na África do Sul, entretanto, já foi analisada a possibilidade do vírus ter estado na Europa antes de ter chegado ao país sul-africano.

O governo Bolsonaro já aceitou a restrição a seis países: a própria África do Sul, Botsuana, Eswatini, Lesoto, Namíbia e Zimbábue. Falta deliberar sobre Angola, Maláui, Moçambique e Zâmbia. A agência pede que o governo impeça a entrada de passageiros que estiveram nos últimos 14 dias nessas nações.

Além disso, a Anvisa propõe a adoção do passaporte da vacina ou quarentena de cinco dias e testes de RT-PCR. ​Bolsonaro voltou a dizer que quem toma a vacina pode contrair, transmitir e "morrer também" por causa do coronavírus.

"Ao que tudo indica, tem a vacina que está aí, tem a imunidade de rebanho, que está aí, [então] estamos chegando no final dessa pandemia. Peço a Deus que estejamos todos certos nesse momento", afirmou no evento da CNI.

O presidente deve se reunir com Queiroga (Saúde) e Ciro Nogueira (Casa Civil) na tarde desta terça-feira para discutir a cobrança de certificado de vacinação de quem entra no Brasil.

A agência já apresentou, em 12 de novembro, a proposta de adotar o passaporte vacinal, mas Bolsonaro é contra.