'Você também quer?', disse anestesista ao ter sedação questionada por colega

Comportamento do médico provocou desconfiança em hospital

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  • Da Redação

Publicado em 12 de julho de 2022 às 14:23

- Atualizado há um ano

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"Um profissional de atitudes estranhas que arrumava seu espaço de trabalho de forma a criar barreiras que impediam a visão de todos os profissionais presentes". Assim era descrito o médico anestesista Giovanni Quintella Bezerra, 32, preso na madrugada desta segunda-feira (11) pelo crime de estupro cometido contra uma gestante durante um parto no Hospital Estadual Heloneida Studart, em São João de Meriti, no Rio de Janeiro.

A descrição está presente no depoimento que três funcionários do hospital prestaram à polícia. O conteúdo foi divulgado pelo site Universa.Leia mais "Me incomodava", afirma paciente sobre sussurros no ouvido feitos pelo anestesista Anestesista teria estuprado outras mulheres no mesmo dia Equipe desconfiou de médico preso por estupro e tirou gaze do lixo Uma técnica de enfermagem afirmou que  na primeira cirurgia do dia já notou que a gestante estava totalmente sedada e questionou o médico. "Por quê? Você também quer?", respondeu o anestesista à profissional.

Nesta mesma cirurgia o anestesista pediu que o acompanhante da segunda gestante deixasse o centro cirúrgico —no total, Bezerra participou de três procedimentos naquele dia.

As suspeitas sobre o médico aumentaram durante o dia. Por conta disso, parte da equipe transferiu a terceira cesariana para um outro centro cirúrgico, onde seria possível posicionar um celular escondido para filmar a ação.

Nas imagens gravadas, o anestesista aparece abrindo a calça e colocando o pênis na boca da paciente.

O ato teria ocorrido após o nascimento do bebê, com a mãe ainda inconsciente devido a alta quantidade de anestesia recebida.

Ainda segundo o Universa, uma segunda testemunha confirmou à polícia que o médico tinha práticas incomuns no centro cirúrgico e aplicava medicação superior à usada pelos demais anestesistas do hospital.

A enfermeira, disse ainda que a equipe desconfia que o anestesista tenha abusado da segunda paciente operada pela equipe no mesmo dia.