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Veja como identificar e ajudar criança vítima de bullying na escola

É importante que pais e educadores estejam atentos aos sinais e promovam um ambiente escolar seguro e inclusivo

  • Foto do(a) author(a) Portal Edicase
  • Portal Edicase

Publicado em 20 de outubro de 2025 às 14:43

O bullying na escola pode afetar a saúde física e mental das crianças (Imagem: fizkes | Shutterstock)
O bullying na escola pode afetar a saúde física e mental das crianças Crédito: Imagem: fizkes | Shutterstock

O bullying é um comportamento agressivo e repetitivo que tem como objetivo intimidar, humilhar ou causar sofrimento a outra pessoa. Ele pode se manifestar por meio de agressões físicas, ofensas verbais, exclusão social ou até humilhações virtuais. Nas escolas, é um problema preocupante, pois afeta diretamente o bem-estar emocional e o desempenho dos estudantes.

No Brasil, uma pesquisa recente do DataSenado revelou que aproximadamente 6,7 milhões de estudantes, representando 11% dos quase 60 milhões de alunos matriculados no país, sofreram algum tipo de violência escolar nos últimos 12 meses. Quando considerados apenas os casos de bullying , o índice sobe para 33%, afetando cerca de 20 milhões de estudantes.

A Dra. Mariana Ramos, professora de psicologia da Afya Centro Universitário Itaperuna, destaca que a detecção precoce deste tipo de violência é essencial para mitigar seus efeitos, e que pais e educadores devem criar um ambiente de confiança, onde a criança se sinta segura para compartilhar suas experiências.

Tipos de bullying

O bullying pode se manifestar de diferentes formas, e compreender essa diversidade é essencial para combatê-lo de maneira eficaz.

  • Bullying físico: envolve agressões diretas, como empurrões, socos, tapas ou danos às propriedades da vítima.
  • Bullying verbal: caracteriza-se por insultos, apelidos pejorativos, ameaças e humilhações públicas.
  • Bullying psicológico ou emocional: busca minar a autoestima da vítima por meio de manipulação, chantagens, exclusão social ou perseguições constantes.
  • Ciberbullying: utiliza as tecnologias digitais para espalhar rumores, criar perfis falsos, enviar mensagens ofensivas ou compartilhar fotos íntimas sem consentimento.
  • Bullying sexual: envolve comentários, gestos ou toques de natureza sexual, além de difamações relacionadas à orientação sexual da vítima.
  • Bullying social: consiste na exclusão deliberada da vítima de grupos sociais, atividades ou interações, visando isolar e marginalizar.
A criança vítima de bullying na escola pode apresentar mudanças no comportamento e no estado emocional (Imagem: Prostock-studio | Shutterstock)
A criança vítima de bullying na escola pode apresentar mudanças no comportamento e no estado emocional Crédito: Imagem: Prostock-studio | Shutterstock

Sinais de que a criança é vítima de bullying na escola

É fundamental estar atento a mudanças no comportamento e no estado emocional da criança ou do adolescente. Os sinais de uma vítima de bullying na escola podem variar, mas costumam incluir:

  • Mudanças bruscas de comportamento, como isolamento, irritabilidade, agressividade, medo de ir à escola ou queda no rendimento escolar;
  • Sintomas físicos sem causa aparente, como dores de cabeça, dores de estômago, náuseas ou insônia;
  • Alterações no sono e no apetite, incluindo pesadelos, perda de apetite ou comer em excesso;
  • Ansiedade antecipatória, como chorar antes das aulas ou demonstrar resistência em sair de casa;
  • Evitar redes sociais ou demonstrar angústia após o uso do celular;
  • Comportamentos autodestrutivos, como se machucar, falar sobre morte ou apresentar sinais de depressão.

Como agir em casos de bullying

A Dra. Mariana Ramos explica que se houver suspeita de que uma criança esteja sofrendo bullying, é importante buscar apoio profissional e dialogar com a escola para encontrar soluções conjuntas. “A intervenção precoce é essencial para garantir o bem-estar e o desenvolvimento saudável de crianças e adolescentes”, afirma.

Ela ressalta a necessidade do acolhimento sem julgamentos , oferecendo escuta e segurança emocional. Além disso, é importante evitar minimizar o sofrimento com frases como “isso é bobagem” ou “você precisa ser mais forte”. A criança precisa sentir-se ouvida e protegida.

Outro ponto destacado pela psicóloga é a necessidade da comunicação nesse momento. “Comunique a escola, registre o ocorrido e solicite acompanhamento psicológico, tanto para a vítima quanto para os envolvidos. É importante lembrar que o agressor também necessita de apoio, muitas vezes, ele próprio já foi vítima em outro contexto”, conclui.

Escolas contra o bullying

A Dra. Mariana Ramos explica que a implementação de programas de prevenção, como palestras, rodas de conversa, oficinas e campanhas de conscientização, são essenciais para reduzir os casos de bullying nas escolas. Essas ações fortalecem o respeito às diferenças, a empatia e as habilidades socioemocionais, promovendo um ambiente escolar mais acolhedor e colaborativo.

Nesse sentido, treinamentos contínuos para professores e funcionários ajudam na identificação e no manejo adequado das situações, enquanto espaços de escuta psicológica e grupos de apoio oferecem suporte aos alunos. Além disso, a integração entre família e escola é fundamental para um cuidado compartilhado, assim como os projetos de educação socioemocional, que estimulam a autorregulação e a resolução pacífica de conflitos.

Por Beatriz Felicio