Moradora de rua morre depois de ser espancada na Barra

Segundo o primo da vítima, o agressor é o marido com quem ela vivia há oito anos

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  • Gil Santos

Publicado em 4 de setembro de 2017 às 21:16

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A moradora de rua Silvana Santos Silva, 43 anos, morreu depois de ser espancada diversas vezes no bairro da Barra, em Salvador, na tarde deste domingo (3). Ela foi socorrida com vida para o Hospital Geral do Estado (HGE), mas não resistiu aos ferimentos e morreu na tarde desta segunda (4). O marido dela é apontado pela família da vítima como o principal suspeito do crime. 

Segundo o ambulante Edmilson Ferreira, 42, que é primo de Silvana, ela era agredida constantemente pelo marido, com quem vivia há oito anos. Na época em que se conheceram, o marido dela trabalhava como porteiro em um prédio na Barra, enquanto Silvana era cozinheira em uma casa, em Jauá, no município de Camaçari, na Região Metropolitana de Salvador. 

"Eu cheguei na hora em que ele estava batendo nela, perto do Bompreço. Eles viviam em um prédio abandonado. Tentei separar e consegui tirar ele de cima dela. Segurei ele e ia levar para a Delegacia, mas minha prima estava muito mal e o Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) precisava que alguém acompanhasse ela na ambulância até o hospital", afirmou.

Silvana não resistiu aos ferimentos e morreu na tarde desta segunda (4). Emocionado, Edmilson contou que a prima deixou três filhos, frutos de um relacionamento anterior e que os jovens teriam se afastado da mãe porque não apoiavam no casamento. Ainda segundo ele, o atual marido de Silvana foi preso uma vez, por agressão, na Delegacia Especial de Atendimento à Mulher (Deam). 

Edmilson contou que a prima vendeu a casa que recebeu como herança dos pais, em Plataforma, no Subúrbio Ferroviário de Salvador, a pedido do marido e morou de aluguel por alguns meses até passar a viver definitivamente na rua. "Ela morou comigo e minha esposa por dois anos, mas ele perseguia ela porque não queria aceitar o fim do relacionamento. Ela acabou voltando e foi morar novamente nas ruas", disse. 

O horário e o local do sepultamento do corpo de Silvana ainda não foram definidos pela família. O suspeito ainda está foragido.