Navio Pirata de BaianaSystem conduz mar de gente no no Circuito Osmar

No terceiro dia oficial da festa, Furdunço foi opção de diversão para todos os tipos de público

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  • Juliana Montanha

Publicado em 24 de fevereiro de 2017 às 22:00

- Atualizado há um ano

A mais de mil decibéis. Mais uma vez, o navio pirata da BaianaSystem invadiu o Furdunço, guiando uma multidão de fãs do Campo Grande até a Praça Castro Alves. Além da banda, outras 29 atrações participaram do desfile no Circuito Osmar, em uma comemoração que traz a alegria dos carnavais antigos, com as tradicionais bandinhas. 

Mesmo com o dia ainda claro, as já conhecidas máscaras da BaianaSystem iam surgindo na Avenida. “Eu vim por causa deles, mas decidi chegar cedo para curtir um pouquinho de cada coisa antes”, disse a médica Thamirys Marinho, 24, que foi ao Furdunço com um grupo de amigos. “A energia deles é única!”.

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E já era quase noite quando a potente mistura de ritmos da banda começou a ser ouvida. Ao som de músicas como Terapia e Playsom, os fãs de todas as idades pulavam em um único ritmo. Com a filha Maya, 5, nos ombros, o advogado Márcio Oliveira seguiu o navio pirata  ao lado da esposa Liane Canário, 42. “Tem pelo menos três anos que eu só venho para o Furdunço e é bem tranquilo, não é a toa que trouxe minha filha. Viemos para ver Baiana e vamos seguir até onde der”.

Fiel ao Furdunço, a relações públicas Laís Silva, 31, disse que é com os microtrios que ela se sente mais à vontade. “Aqui não tem aperto e a gente consegue se divertir muito mais. Aqui a gente sente a essência do Carnaval de rua. Eu posso até sair um outro dia, mas o certo é que todos os anos eu venho para o Furdunço”, contou. Quem foi ao Circuito Osmar conferiu também uma mistura de ritmos, como o bloco Afro Bakoma, puxado pela cantora Ana Mametto, o reggae da banda Tallowah e o axé da dupla Juan e Ravena.

E se o cortejo é uma lembrança dos antigos carnavais, nada mais representativo do que a Fobica, primeiro trio elétrico criado em 1950, que participou da festa a bordo do trio Armandinho, Dodô e Osmar. “Essa nossa pipoca está maravilhosa”,elogiou Armandinho, antes de puxar a música ‘Pra que Corda?’, uma homenagem ao folião pipoca.

Estreando no Carnaval de Salvador  à convite da namorada baiana Ana Behrens, 45 anos, o comerciante carioca Raul Rodrigues, 42 , gostou do que viu. “Me parece um espaço que cria oportunidades para novos talentos. Está muito organizado”, elogiou. 

Entre um trio e outro, as crianças faziam a festa no meio da rua, com  serpentina e sprays de espuma. E se uma multidão já havia passado acompanhando Armandinho, Dodô e Osmar, outro mar de gente foi levado pelo Pranchão Alavontê. “Obrigada por vocês acreditarem no nosso delírio musical”, agradeceu Ricardo Chaves.