Suspeito de matar irmã e ferir mãe adotiva na Graça é preso

Ele estava exaltado e sujo quando foi localizado no Cabula

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  • Da Redação

Publicado em 20 de outubro de 2017 às 20:35

- Atualizado há um ano

. Crédito: Divulgação/Polícia Civil

Boaventura de Oliveira Santos, 50 anos, foi preso na quinta-feira (19), no Cabula. Ele tem mandado de prisão temporária em aberto pelo assassinato da irmã, Edith Gomes da Paz, e por tentar matar a mãe, Anna de Vecchi de Castro Nogueira, na casa da família, na Graça. O crime foi em julho de 2016 e Boaventura estava foragido desde então.

Segundo a Polícia Civil, Boaventura estava bastante exaltado quando foi encontrado pelos policiais. Ele também estava bastante sujo, sem sinais de cuidado com a higiene. O suspeito aparenta ter problemas mentais e a polícia pediu que ele seja encaminhado para o Hospital de Custódia e Tratamento (HCT). 

O crime aconteceu no apartamento onde o suspeito vivia com a mãe e a irmã, ambas adotivas, na Rua Desembargador Oscar Dantas, na Graça. Edith e Anna foram agredidas por golpes de madeira. Boaventura já cometeu também um crime em Belo Horizonte, segundo a polícia - ele matou um morador de rua. 

Crime Um vizinho da família, Ricardo Pereira, 35 anos, morador do 10º andar, disse que o suspeito, Boaventura Oliveira Santos, 48 anos, aparentava sofrer de problemas mentais. Lelo, como era conhecido, morava no prédio há cerca de sete anos. No apartamento, viviam apenas ele, Anna e Edith. Mãe e filha foram atacadas por Boaventura Outro vizinho, que não quis se identificar, contou ao CORREIO que o crime foi descoberto após uma outra filha de Ana, que não mora no prédio, ligar para o porteiro e pedir para ele ir até o apartamento. Ela estaria desde cedo tentando falar com a mãe pelo telefone, porém, não foi atendida e por isso pediu ajuda ao funcionário do prédio. Ambos os vizinhos disseram que não ouviram gritos.

Já um funcionário do prédio contou que o crime ocorreu durante a madrugada. Segundo ele, quando a empregada da família chegou para trabalhar ninguém abriu a porta. A polícia confirmou a versão: sem que ninguém atendesse à campainha nem ao telefone, a moça entrou em contato com uma filha de dona Anna, que está em viagem a São Paulo. A filha também não conseguiu contato com a mãe e autorizou que o porteiro arrombasse a porta do apartamento.

Segundo informações do delegado responsável pelo caso, Líbio Otero, do Departamento de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP), o suspeito teria atacado as vítimas em momentos diferentes, cada uma sem seu quarto. "Aparentemente aconteceu de madrugada ou no final da noite, porque o corpo da Edith estava em estado de rigidez cadavérica. Não tinha bagunça, elas estavam cada uma em um quarto, deitadas. Provavelmente estava dormindo", disse.

Ainda de acordo com o delegado, foi encontrada uma carteira de atendimento do Hospital Psiquiátrico Juliano Moreira em nome de Boaventura. A polícia disse ainda que após cometer o crime, o suspeito teria fugido do prédio. No entanto, até o momento, não há informações sobre o seu paradeiro.