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Daniel Aloísio
Publicado em 28 de setembro de 2021 às 06:13
- Atualizado há 2 anos
O setor de inovação de Salvador não para de crescer e se fortalecer. Só no mês de setembro, seis startups baianas receberam investimentos de, pelo menos, R$ 79,6 milhões. A informação é da Associação Baiana de Startups (Abastartups). Apenas duas fintechs baianas, as empresas que utilizam tecnologia para atuar no mercado financeiro, tiveram um investimento de R$ 70 milhões no total. R$ 40 milhões para a ZigPay e R$ 30 milhões para a BomConsórcio. >
Fundada em 2017, a primeira se denomina como a mais inovadora plataforma de gestão de consumo e pagamento para casas noturnas, bares, restaurantes e eventos. Já a segunda é especializada no mercado de cotas de consórcio. >
Os outros investimentos são de R$ 4,5 milhões na escola de tecnologia baiana Cubos Academy, empresa que oferece educação na área da tecnologia; R$ 1,9 milhões na erural, especializado no comércio eletrônico da área da pecuária; R$ 1,5 milhões na QRPoint, desenvolvedora de soluções para RH; e R$ 1,2 milhões para a Infleet, que criou um hub integrador de gestão de frotas do Brasil. >
Para Donjorge Almeida, diretor de Comunidades da Associação Baiana de Startups (Abastartups), esses números mostram o crescimento do setor. “Ao longo do ano, aconteceram outros investimentos em outras empresas. É fato que as startups baianas estão se consolidando cada vez mais no mercado nacional e até internacional”, diz. >
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Salvador é lider em startups no Norte-Nordeste Atualmente, Salvador está na oitava colocação na lista das cidades com mais startups, sendo a primeira de todo Norte-Nordeste. “Nós conseguimos ter maturidade nas startups baianas e isso é muito importante. Elas estão faturando, tendo investimento e Salvador continua na frente, como referência”, argumenta Donjorge. >
Esse cenário pode ser mais fortalecido graças a Prefeitura de Salvador, que pretende mapear e desenvolver o ecossistema de inovação e empreendedorismo na cidade. O primeiro passo já foi dado na manhã desta segunda-feira (27), quando o prefeito Bruno Reis (DEM) assinou um convênio de cooperação técnica com o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae). >
A iniciativa terá investimento de R$ 300 mil, sendo metade da Secretaria Municipal de Inovação e Tecnologia (Semit) e o resto do Sebrae. Segundo a prefeitura, ambas instituições coordenarão o mapeamento, a ser executado pela Fundação Certi em, aproximadamente, sete meses. “Iremos mapear e apoiar as startups com projeção local e nacional. Nosso desejo é produzir soluções. Queremos uma cidade inteligente e inovadora e não há outro caminho que não seja o investimento nesse setor, que pode gerar milhares de empregos”, diz Bruno Reis. Bruno Reis é prefeito de Salvador (Foto: Divulgação) No levantamento, a prefeitura não vai apenas contar quantas startups têm na cidade, mas criar uma base para tomar medidas mais assertivas para criação de novas políticas públicas e para impulsionar as empresas de tecnologia. A iniciativa também permitirá conhecer quais matrizes econômicas do ecossistema soteropolitano de startups estão mais fortes, assim como aquelas que necessitem de mais apoio para crescimento. >
“Eles vão usar toda uma metodologia para fazer uma radiografia clara do ecossistema de inovação e a gente precisa disso. Hoje, Salvador tem muitas startups de educação, mas será que esse é realmente o nosso forte? Alguns dizem que é a economia criativa, a indústria do entretenimento, mas a gente não sabe. Só com essa metodologia específica que vamos poder responder qual é a nossa força”, explica Donjorge. >
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Ele também apontou como pode ser prejudicial para o setor a ausência dos dados. “No Brasil, em geral, a pandemia favoreceu o surgimento de muitas startups voltadas para saúde, educação e financeiro. A gente não sabe como foi isso em Salvador. Não temos números disso”, reclama. >