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Da Redação
Publicado em 20 de julho de 2009 às 11:55
- Atualizado há 2 anos
Há dois anos morria o ex-senador Antonio Carlos Magalhães. Na desta segunda-feira (20), o jornal CORREIO mostra como ACM contribuiu decisivamente na prefeitura e no governo do Estado e ajudou no desenvolvimento e na modernidade da capital e da Bahia. Mestre em despertar a paixão popular Experimente perguntar a qualquer baiano, ou até mesmo a um turista, qual o político que mais representou a Bahia. Salvo casos em que as circunstâncias políticas impeçam a sinceridade, a resposta será amesma: ACM. ACM com a amiga Mãe Meninha e a Irmã DulceDeputado estadual, duas vezes deputado federal, presidente da Eletrobrás, ministro das Comunicações, senador, prefeito e governador, Antonio Carlos Peixoto de Magalhães era, acima de tudo, um homem apaixonado por sua terra. Por ela, comprou brigas homéricas.Comadversários e amigos. Sim, porque nem os mais próximos escapavam de sua firmeza e acidez na hora de defender o que achava certo para o estado que o projeto una vida pública. Ex-senador com o amigo Jorge Amado e ídolo CaymmiMas, antes de qualquer coisa, ACM era um homem do povo. Não tinha medo de enfrentar as multidões que alongavamos braços em troca de um afago do “cabeça branca”, como prova a foto que ilustra esta página. Ele está ali no meio.A dor da separaçãoA cena acima foi registrada quando ele desembarcou em Salvador, após ter sofrido um infarto que quase custou-lhe a vida, em 1989. Mesmo assim, nema possibilidade da morte foi tão dura quanto o golpe sofrido pela morte de dois dos seus quatro filhos. Em1986, a filha Ana Lucia Magalhães se foi, aos 28 anos. Doze anos depois, um novo baque: em 21 de abril de 1998, o deputado federal Luis Eduardo Magalhães, então no auge da trajetória política, apontado em todas as pesquisas como o próximo governador da Bahia, morreu após sofrer um infarto fulminante.No seu enterro, acompanhado por uma multidão apaixonada, o povo viu uma cena rara na trajetória de mais de 50 anos na vida pública do então presidente do Senado: apertado pela dor, ele não resistiu e chorou a perda do filho, companheiro de andanças e articulações pelo Congresso Nacional. Costumava dizer, logo após a morte, que parte de sua vida tinha ido junto como deputado. Mesmo assim, se manteve firme e continuou lutando pelos interesses de quem amava tanto quanto a sua família: o povo de sua terra.>
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