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Perla Ribeiro
Publicado em 3 de junho de 2025 às 11:29
A adolescente Ana Luiza de Oliveira Neves, 17 anos, morreu depois de receber em casa um bolo entregue por um motoboy com um bilhete anônimo. O caso ocorreu no último domingo (1°), em Itapecerica da Serra, na Grande São Paulo. A vítima chegou a ser socorrida, mas não resistiu. O caso é investigado pela Delegacia de Itapecerica da Serra, que solicitou à Justiça a apreensão de uma adolescente de 17 anos. "Ela foi ouvida em depoimento. Diligências prosseguem visando o devido esclarecimento dos fatos", afirmou a Secretaria da Segurança Pública (SSP), ao portal UOL. >
De acordo com informações do boletim de ocorrência, a irmã de Ana Luiza, de 18 anos, recebeu o bolo de pote em casa, no Parque Paraíso, por volta das 17h de sábado. Havia um bilhete com a frase "Um mimo pra garota mais linda que já vi" e, no verso, estava escrito Lulu Linda. Ana Luiza chegou em casa cerca de uma hora depois e comeu o bolo. Por volta das 18h50, ela começou a passar mal. >
O quadro se gravou e o pai da jovem a levou para um hospital particular. A adolescente foi atendida e diagnosticada com intoxicação alimentar. Depois de medicada, ela recebeu alta. No entanto, no dia seguinte, por volta das 16h, a adolescente passou a ter sintomas mais graves e foi levada novamente ao pronto-socorro, onde já chegou sem sinais vitais.>
De acordo com o registro policial, no relatório médico consta que Ana Luiza chegou ao pronto-socorro após aproximadamente 20 minutos de parada cardiorrespiratória. Ela estava cianótica (coloração azulada ou acinzentada da pele, decorrente de oxigenação insuficiente do sangue), com hipotermia, sem batimentos cardíacos e sem respiração. >
A equipe médica realizou diversos procedimentos de reanimação, incluindo reanimação cardiopulmonar, mas não obteve sucesso. Conforme atestado assinado pelo médico do pronto-socorro, a causa aparente da morte foi intoxicação alimentar. De acordo com a SSP, o caso foi registrado pela Delegacia de Itapecerica como morte suspeita. O corpo foi levado para o IML para realização de exames. As diligências seguem para identificar quem enviou o doce e a causa da morte.>
A loja Menina Trufa, onde o bolo foi comprado, se solidarizou com a família e afirmou que não entregou o bolo. "A Menina Trufa é a fabricante do produto, mas não foi responsável pela entrega à adolescente. Uma pessoa adquiriu o produto na loja como se fosse para consumo próprio, levando este para outro lugar que ainda é desconhecido', afirmou.>