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Estadão
Publicado em 8 de março de 2024 às 06:54
Única mulher entre os onze integrantes do Supremo Tribunal Federal (STF), a ministra Cármen Lúcia pediu nesta quinta-feira, 7, véspera do Dia Internacional da Mulher, maior igualdade de gênero no Poder Judiciário. >
"Queremos mais", afirmou a ministra inauguração da exposição montada no STF para relembrar a trajetória de mulheres célebres no Brasil. "A igualdade de gênero que nós buscamos ainda é uma luta inacabada.">
Cármen Lúcia foi a segunda mulher a assumir uma cadeira na história do Supremo Tribunal Federal. Além dela, as únicas ministras que passaram pela Corte foram Ellen Gracie e Rosa Weber, ambas aposentadas.>
A ministra também defendeu que a igualdade de gênero é um valor não realizado da democracia.>
"A Justiça é representada por uma mulher, a própria ideia de justiça e de democracia com uma balança é feminina. E, no entanto, nós continuamos em desvalor profissional, social e econômico", afirmou na sessão plenária desta quinta.>
Em seu discurso, Cármen Lúcia lembrou o apagamento das mulheres ao longo da história. "Dizem que nós fomos silenciosas historicamente, mentira. Nós fomos silenciadas, mas sempre continuamos falando, embora muitas vezes não sendo ouvidas.">
Ela ainda chamou atenção para os casos de feminicídio no Brasil e afirmou que as mulheres querem "promover a pacificação.">
"Outro sonho que eu tenho é de ainda ver, em vida, que nós sejamos capazes de provar que não somos parecidas aos humanos, que nós somos iguais na dignidade.">