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Casal é indiciado por adotar e matar gatos: 'Preferência por fêmeas jovens'

Pelo menos três felinos foram encontrados mortos após adoções feitas pelo casal

  • Foto do(a) author(a) Carol Neves
  • Carol Neves

Publicado em 1 de julho de 2025 às 10:01

Larissa Karolina Silva Moreira e William Angonese
Larissa Karolina Silva Moreira e William Angonese Crédito: Reprodução

A Polícia Civil de Mato Grosso indiciou Larissa Karolina Silva Moreira, estudante de 28 anos da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), e o companheiro William Angonese por maus-tratos qualificados contra animais domésticos. O caso, investigado pela Delegacia Especializada do Meio Ambiente (Dema), está relacionado à morte de três gatos no bairro Porto, em Cuiabá.

Larissa está presa desde 13 de junho, enquanto William, embora tenha sido liberado pela polícia, seguiu como alvo do inquérito, que foi concluído em 23 de junho. Segundo as autoridades, Larissa é apontada como principal responsável pelas mortes dos animais.

Uma das imagens analisadas durante a apuração mostra a estudante deixando a residência com uma sacola que, de acordo com a polícia, continha um dos gatos mortos. Os corpos de três animais foram localizados e encaminhados para perícia.

As investigações também revelaram que o casal se apresentava como adotantes de gatos, principalmente fêmeas em fase adolescente, com idade entre quatro e cinco meses. Após as adoções, os animais eram mortos, supostamente por meio de objetos contundentes. Capturas de tela e outros registros analisados reforçam essa linha de investigação.

Apesar da conclusão do inquérito principal, a apuração ainda não foi encerrada. Os investigadores agora buscam esclarecer a possibilidade de um segundo crime, o de zoofilia. Exames periciais serão realizados para determinar se o sangue encontrado na casa da estudante é compatível com os animais mortos.

Segundo o portal G1, o caso veio à tona após denúncias feitas por várias ONGs de proteção animal. As entidades perceberam um padrão nas adoções feitas pelo casal, o que levantou suspeitas. Kelly Rondon, voluntária da ONG Tampatinhas, relatou que Larissa costumava adotar sempre gatas jovens, o que chamou a atenção dos protetores.

“Foi através dessa doação que a gente começou a desvendar esse embaralhado de coisa triste. A gente doou um animal para ela dia 11 de abril e a primeira vez que nos falamos, ela me disse que o animal estava bem, me mandou uma foto de visualização única e eu acreditei. Depois, perguntei novamente como estava a gatinha e ela não me respondeu mais e me bloqueou”, contou Kelly.

Os protetores procurados pela universitária notaram um padrão - pelo menos nove denunciaram a jovem. “Ela tem preferência por gatos fêmeas e jovens, de quatro a cinco meses, mas tem histórico de um gato macho também e de cães, que ela doa. Ela passa a procurar adotar e depois dá para adoção. Então ela os utiliza, faz a prática e os animais maiores não morrem, então, eles são doados e descartados”, explicou.

Durante depoimento, William afirmou que foi a própria namorada quem matou um dos gatos. Ele indicou o local onde o corpo havia sido descartado, em um terreno baldio nos fundos da casa de Larissa. O animal foi recolhido pela Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec), que realizou exames para ajudar na elucidação do caso.