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Homem que matou companheira a marretadas diz que desconfiou de traição

Homem teve a prisão preventiva decretada na quinta-feira (21), após audiência de custódia

  • Foto do(a) author(a) Yan Inácio
  • Yan Inácio

Publicado em 22 de agosto de 2025 às 16:24

Laina Santana Costa Guedes e  Ramon de Jesus Guedes
Laina Santana Costa Guedes e Ramon de Jesus Guedes Crédito: Reprodução

O homem que matou a companheira a marretadas em Lauro de Freitas relatou, em depoimento durante audiência de custódia na quinta-feira (21), que tem problemas psicológicos e que cometeu o crime porque desconfiou que estaria sendo traído.

O crime aconteceu na noite da terça-feira (19), Ramon de Jesus Guedes matou a esposa, Laina Santana Costa Guedes, de 37 anos, com golpes de marreta no bairro do Caji, em Lauro de Freitas, Região Metropolitana de Salvador.

Ramon de Jesus Guedes tentou fugir pulando por Reprodução

Em depoimento, ele disse à polícia que se relacionava com a vítima há 16 anos, e que os dois haviam retomado o relacionamento após nove meses separados.

Segundo Ramon, um dia antes do crime, os dois discutiram porque Laina disse que teve um “namoro sem contato". Ainda de acordo com Ramon, no dia seguinte, ao voltar para a residência da família após o trabalho, discutiu novamente com a mulher pois teria visto ela em um veículo com outra pessoa. Ramon também disse que a questionou ao notar uma viatura da polícia no local.

A mulher teria dito, então, que sofria violência psicológica, o que teria feito o suspeito perder o controle e desferir golpes de marreta contra ela. Quando questionado se notou que a mulher havia morrido, o investigado disse ter pensado que ela estava desmaiada. Após o crime, Ramon alegou que tentou se jogar da varanda do apartamento para tirar a própria vida, mas teria sido impedido por uma pessoa e acabou caindo e sofrendo lesões. A versão contradiz com o depoimento do PM Rodrigo Ribeiro Prudência, que atendeu a denúncia no local.

De acordo com o agente, Ramon tentou fugir depois de cometer o crime e acabou caindo no solo. Imagens gravadas por vizinhos também mostram que o investigado tentou pular as varandas, mas acabou caindo e se lesionando. Outros vídeos mostram o homem acertando Laina com vários golpes, depois da vítima se arrastar para a varanda do apartamento pedindo socorro. No depoimento, o homem também confirmou que as filhas do casal, uma de 5 anos e outra de 12, presenciaram a cena. A mais velha foi levada para a UPA de São Cristóvão e está em estado estável, de acordo com a última atualização.

Ramon teve a prisão em flagrante convertida para preventiva após audiência de custódia no Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA), nesta quarta-feira (21).

Vizinho presenciou crime

Em entrevista à Record, o perito que estava no local falou um pouco do episódio. "No interior do apartamento, a família estava presente, as filhas. Uma delas foi golpeada também, está sendo atendida na UPA. Toda ação aconteceu no final da noite, o agressor foi contido pela população e entregue à Polícia Militar", disse.

"Com relação á perícia, estado geral de desalinho da casa, projeções de sangue de todo tipo, gotejamento, impacto nas paredes, tendo em vista a violência da ação dele", narrou. Ele disse que a casa não é muito grande. "Como é uma ação que transcorre com movimentação, tentativa de fuga, agressor vai e volta, se estendeu em todo ambiente interno. Sala, quartos, cozinha (...) Principalmente a varanda".

Um vizinho identificado como Gabriel contou à Record que o casal era reservado. Ele filmou parte da agressão. "Não era um casal que descia muito, acredito que por ele ser um tipo de marido tóxico, eles ficavam muito em casa", disse.

Gabriel estava indo para a área da piscina quando ouviu gritaria e pedido de socorro. "A briga todo começou, eles estavam ouvindo música em casa, aparentemente ele estava bêbado, sentiram cheiro de bebida nele...", acrescentou. "A mulher foi para varanda para todo mundo ver a cena e foi aí que ele começou a dar martelada na cabeça dela. Ele já estava agredindo ela com socos e aí ele pegou o martelo para matar mesmo, porque a mulher já tinha apanhado e as meninas (filhas) tentado defender, mas não conseguiram".

O vizinho diz que o suspeito foi salvo de ser agredido até a morte pela polícia. "Ele só não foi linchado por causa dos policiais que moram aqui, chegaram no momento com arma para conter ele, caso tentasse fugir. Ele foi escalando, estava no quarto andar, foi descendo, no primeiro ele bateu as costas e caiu. O povo deu alguns chutes, mas o policial chegou e impediu que a população linchasse ele", contou.

Gabriel diz que os vizinhos temeram se aproximar porque o homem estava muito violento. "Eu pensei em subir com uma taça, mas meu amigo também subiu com cacetete, mas foi por isso que ele tentou pular também, porque ficou com medo".