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Crianças nasceram neste dia 20, 123 dias após morte da mãe ser detectada
Da Redação
Publicado em 22 de fevereiro de 2017 às 16:40
- Atualizado há um ano
A jovem Frankielen da Silva Zampoli, 21 anos, estava grávida de gêmeos quando teve uma hemorragia cerebral. A família e os médicos decidiram por mantê-la viva para conseguir salvar os dois bebês, mesmo após a morte cerebral de Frankielen. Os bebês nasceram na segunda-feira (20) no Hospital Nossa Senhora do Rocio, em Campo Largo, na Região Metropolitana de Curitiba, segundo informação do G1.(Foto: Reprodução)Frankielen chegou ao hospital com uma hemorragia grave no cérebro e três dias depois teve a morte cerebral constatada. Sem chances dela viver, familiares concordaram em mantê-la respirando com ajuda de aparelhos para salvar os bebês.
"Nós precisávamos manter a pressão adequada da mãe, a oxigenação adequada e manter todo o suporte hormonal e nutricional dela", diz o médico Dalton Rivabem, explicando os desafios de manter Frankielen viva com ajuda de aparelhos.
A jovem foi atendida pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e passava por uma ecografia diária. Para que os bebês, na barriga da mãe, tivessem carinho e estímulos, família e equipe conversavam, cantavam e acariciavam a barriga de Frankielen.
"Nós trouxemos canções para as crianças: canções de crianças, canções improvisadas, canções que nós fizemos exclusivamente para elas. A UTI ficou cheia de músicas de amor e afeto", diz a musicoterapeuta Érika Checan.
Os bebês foram batizados de Azaphi e Ana Vitória. Segundo os médicos, ainda é cedo para saber se terão algum tipo de sequela. Após o nascimento, o suporte à vida de Frankielen foi removido e ela faleceu. Os órgãos foram doados.
O corpo da jovem foi velado nesta quarta-feira (22) e deve ser enterrado nesta tarde, em Contenda, na Região Metropolitana de Curitiba.