Empresária descobre câncer raro ao tentar tirar sinal no nariz: 'pensei que era uma espinha'

Após procurar vários médicos durante seis meses, ela foi diagnosticada com um sarcoma no nariz e teve de passar por cirurgias

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Publicado em 23 de fevereiro de 2024 às 20:04

Juliana Vilela, de 30 anos, descobriu o câncer raro após uma 'cauterização' no nariz
Juliana Vilela, de 30 anos, descobriu o câncer raro após uma 'cauterização' no nariz Crédito: Reprodução

Após sentir desconforto com um nódulo no nariz, a dentista e empresária Juliana Lima Vilela, de 30 anos, natural de São Luís, foi a um médico especialista para resolver o incômodo, que acreditava ser uma 'espinha interna', e descobriu que se tratava de um câncer raro, conhecido como sarcoma. As informações são do g1.

Ao notar o nódulo no nariz, Juliana nem imaginou que poderia se tratar de um câncer. Após ir a diversos profissionais e não receber um diagnóstico preciso, a dentista contou que, por indicação de uma conhecida, decidiu buscar ajuda em um hospital especializado em São Paulo.

“Eu fui a vários médicos, entre ‘dermatos’ e plásticos, e nenhum chegava a uma conclusão final. Até que minha mãe encontrou com uma amiga no supermercado, que tinha tido câncer, e essa amiga indicou uns médicos em São Paulo. Nós fomos, porém sem imaginar que poderia ser algo sério porque, afinal de contas, eu estava bem”.

Antes de receber o diagnóstico, em maio de 2023, ela se submeteu a uma cauterização aparentemente rotineira, que logo se tornou motivo de preocupação quando a ferida começou a crescer e não cicatrizava, diminuindo a autoestima da empresária, que é apaixonada pelo universo da moda e beleza.

Desde então, a empresária começou a compartilhar sua rotina de exames e recuperação através de ‘vlogs’ nas redes sociais. Seis meses depois, já em São Paulo, a empresária se submeteu a uma segunda biópsia e recebeu o diagnóstico do sarcoma, que são tumores malignos raros com, na maioria dos casos, origem nas células que formam as chamadas partes moles do corpo, como músculos, gordura, tendões, ligamentos, vasos sanguíneos e nervos periféricos.

De início, os médicos suspeitavam de um ‘carcinoma’, o tipo mais comum de câncer de pele, entretanto, tiveram que lidar com um procedimento muito mais delicado.

Diante dessa nova realidade e da complexidade de realização do procedimento, Juliana optou por uma cirurgia delicada, mas com a garantia de eliminar todas as células cancerígenas possíveis, resultando na remoção da região afetada do nariz. Em dezembro de 2023, ela se submeteu a enxertos de pele na região afetada.

Matrimônio

Em dezembro desse mesmo ano, após realizar o procedimento, Juliana recebeu a visita do seu noivo, Caio Vasconcelos, que a acompanhou durante a recuperação.

Foi aí que ela foi surpreendida com um novo pedido. “E foi depois dessa cirurgia [a da retirada do tumor] que eu me vi completamente abalada psicologicamente. Foi então que o Caio me chamou para conversar e afirmou que queria casar. Sim, meninas, ele queria casar!”, disse a empresária em um vídeo que viralizou nas redes sociais e já acumula 4,2 milhões de visualizações.

Em janeiro de 2024, os dois encontraram no matrimônio não apenas uma celebração de união no presente, mas uma fonte de força e esperança para o futuro.

Próximos passos

A maranhense contou, ainda, que fará outra cirurgia reparadora em abril deste ano. Após isso, continuará o tratamento em São Paulo, indo de 3 em 3 meses, até completar dois anos. Segundo ela, o câncer tem chance de 10% a 15% de recidiva, mas que está esperançosa de que tudo dará certo. “Deus já cuidou de mim até agora, Ele não vai soltar a minha mão. Ele não falha”, disse a empresária.