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Publicado em 13 de agosto de 2023 às 20:22
O corretor de imóveis Régis Feitosa Mota, 53 anos de idade, que perdeu os três filhos para o câncer em um intervalo de apenas quatro anos, morreu neste domingo, 13. Régis teve três diagnósticos também de câncer entre 2016 e 2023, o último foi confirmado em janeiro deste ano. Os três filhos do corretor morreram em um intervalo de quatro anos.>
"Nosso guerreiro foi ao encontro dos filhos exatamente no dia dos pais. Que Deus o tenha, meu irmão! Te amamos muito!", publicou Rogério Feitosa Mota, irmão do corretor de imóveis. >
No início deste ano, ele havia sido diagnosticado com a doença mieloma múltiplo, em que as células se multiplicam rapidamente e tornam-se cancerígenas. >
Ele era portador da síndrome de Li-Fraumeni, condição hereditária que aumenta em até 90% as chances de desenvolvimento de tumores no corpo até os 70 anos.>
Beatriz era filha caçula de Régis, mas faleceu em 2018, com 10 anos, quando foi diagnosticada com leucemia linfoide aguda. Ela ainda chegou a passar por um transplante de medula, porém, meses depois, a doença voltou. >
Já o outro filho foi Pedro, de 22 anos. O jovem teve cinco episódios de câncer, mas, em 2020, descobriu um tumor no cérebro e faleceu.>
A perda mais recente de Régis foi Anna Carolina, de 25 anos. Na infância, ela lutou contra a leucemia e resistiu. No entanto, em 2021, descobriu um tumor no cérebro. Em novembro de 2022, Anna Carolina faleceu.>
Ao todo, ele e os filhos receberam 12 diagnósticos para a doença.>
O que é a síndrome de Li-Fraumeni?>
A síndrome de Li-Fraumeni é uma doença hereditária de predisposição ao câncer. Dessa forma, as pessoas diagnosticadas possuem um risco muito maior de desenvolver diversos tipos de câncer, independente da idade. >
A doença ocorre devido a uma alteração no gene TP53, um gene supressor tumoral. Porém, vale ressaltar que a doença por si só não provoca sintomas. Além disso, não tem tratamento. >
Por se tratar de uma doença hereditária, é comum que ocorra em várias pessoas da mesma família. Quando alguém com a síndrome tem um filho, há 50% de risco desse filho também nascer com a condição. As informações são do Jornal O Povo.>