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Da Redação
Publicado em 14 de março de 2019 às 08:37
- Atualizado há 2 anos
Os atiradores do massacre de Suzano planejaram o ataque por 1 ano, segundo a polícia. As investigações tentam explicar o que motivou o crime que aconteceu nesta quarta-feira (13), na Escola Estadual Raul Brasil. Um amigo dos dois contou à polícia que ouviu que eles pretendiam cometer o ataque, mas não sabia quando. >
A polícia apreendeu documentos e computadores e constataram que eles já estavam pesquisando ataques em escolas dos Estados Unidos há pelo menos 1 ano. >
Cerca de 20 testemunhas já foram ouvidas pela polícia na investigação do massacre em Suzano. Não há previsão de novos depoimentos nesta quinta-feira (14). Os corpos das vítimas estão sendo velados na Arena Suzano, o ginásio de esportes da cidade.>
Segundo informações da TV Globo, os depoimentos dos sobreviventes devem ter acompanhamento psicológico. >
Luís Henrique de Castro, de 25 anos (ele faria aniversário no sábado) e Guilherme Taucci Monteiro, 17 anos, eram vizinhos e ex-alunos da Escola Estadual Raul Brasil. Guilherme havia abandonado a escola no ano passado e, de vez em quando, fazia alguns trabalhos em lanchonetes no centro de Suzano. Mas passava a maior parte do tempo com o amigo. >
Segundo vizinhos, os dois às vezes ficavam o dia inteiro conversando, sentados na frente de casa. E passavam pelo menos três noites por semana em uma lan house perto de casa jogando games como Counter Strike e Mortal Combat, além do Call of Duty. Castro trabalhava de vez em quando com o pai, capinando o mato.>
Ataque Na manhã desta quarta, chegou a acordar por volta das 5 horas e foi para a estação de trem com o pai. Chegando lá alegou que estava doente e o pai disse para ele voltar para casa, o que nunca aconteceu.>
Os dois foram até uma loja de carros seminovos do tio de Guilherme, Jorge Antônio Moraes, localizada a cerca de 450 metros. De acordo com testemunhas, por volta de 9h15, Guilherme entrou sozinho no local, onde também funciona um estacionamento e um lava-rápido e disparou três vezes. Ele acertou o celular que Jorge segurava na mão - e levantou na tentativa de se proteger -, a clavícula e as costas da vítima. Depois, saiu e embarcou no carro que o esperava na saída.>
Amigos e funcionários relataram que o carro não foi roubado no local, ele seria de uma locadora, mas não ficou claro se foi roubado lá ou locado. Jorge era conhecido no bairro e tinha a loja há 27 anos e deixa três filhos.>
A polícia foi acionada para procurar um Ônyx branco, encontrado um tempo depois na frente da escola, já com a chamado do tiroteio em curso. Os policiais ainda viram os atiradores vivos, mas eles fugiram dentro da escola.>
Um pouco antes do massacre, Guilherme postou em sua página no Facebook 30 fotos com máscara de caveira - semelhante à encontrado na escola - e arma. Nas imagens, ele faz gestos obscenos e mostra a arma. Em uma outra imagem, ele faz um sinal de arma com os dedos e aponta para a cabeça.>
O que se sabe até o momento:Antes de invadirem a escola estadual Professor Raul Brasil, os dois foram até uma loja de veículos, onde o adolescente atirou no dono do estabelecimento, tio dele. Jorge Antonio de Moraes, dono da Jorginho Veículos, foi baleado em seu escritório, dentro da loja. Ele não resistiu e morreu; Eles usaram um carro alugado para se deslocar até os locais dos crimes; Os alunos estavam em intervalo de aulas; Os responsáveis pelo ataque eram ex-alunos da Escola Estadual Raul Brasil; Após ataque na oficina, a dpula foi até o colegio: o adolescente entrou primeiro na escola pela porta da frente e atirou na direção de um grupo, onde estava coordenadora pedagógica Marilena Umezo e a inspetora Eliana Xavier; O outro assassino, Luiz Henrique, foi quem carregou as demais armas para dentro das escola e usou uma machadinha para atacar vítimas baleadas no chão e atacar estudantes que fugiam da escola; Uma das machadinhas ficou presa ao corpo de um dos estudantes. Ele foi andando até o hospital, onde pediu socorro; Foram usadas no ataque uma arma de calibre 38, machadinhas e uma besta (arma medieval com flecha); Os artefatos explosivos levados para dentro da escola em bolsas eram falsos; A dupla responsável pelo ataque são vizinhos e costumavam passar horas conversando na rua; Segundo vizinhos, os assassinos passavam pelo menos três noites por semana em uma lan house perto de casa jogando games como Counter Strike e Mortal Combat, além do Call of Duty; Polícia investiga se atiradores de Suzano planejaram crime em fórum de games; Morreram cinco alunos, duas funcionárias da escola, o tio do adolescente atirador e o comparsa dele. O adolescente se matou em seguida; Onze estudantes ficaram feridos e estão internados. Alguns estão em estado grave; O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), decretou luto oficial de três dias no Estado; O Gate fez uma varredura na escola, porque foram encontrados artefatos com aparência similar a de explosivos; A Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo enviou dois psiquiatras e um psicólogo para dar apoio no atendimento às famílias e demais envolvidos na ocorrência. Atirador postou em rede social fotos com armas minutos antes de massacre em escola >