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Carol Neves
Publicado em 4 de julho de 2025 às 11:38
A Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia (SBGG) iniciou nesta semana um novo ciclo com o médico geriatra Leonardo Oliva à frente da presidência nacional da entidade. Eleito em abril durante o 24º Congresso Brasileiro de Geriatria e Gerontologia, realizado em Belo Horizonte, Oliva exercerá o mandato até julho de 2027. >
Baiano de Salvador e com 43 anos, Oliva se formou pela Universidade Federal da Bahia (Ufba) em 2008 e desde os primeiros anos de graduação já tinha clareza sobre a escolha da especialidade. “Eu sempre soube que seria clínico e na geriatria encontrei algo que fez todo sentido para mim: a possibilidade de olhar a pessoa de forma integral, cuidando não apenas dos aspectos físicos, mas também da saúde mental e da funcionalidade global. Costumo dizer que cuido de pessoas e não apenas de doenças”, afirmou.>
Com trajetória ligada à SBGG desde a época de estudante, Oliva acumula passagens pela presidência da seccional baiana da entidade, pela diretoria financeira e pela vice-presidência nacional antes de assumir o cargo máximo da sociedade. Ele destaca a influência do também geriatra baiano Adriano Gordilho na sua formação profissional e pessoal: “Me ajudou a escolher os melhores caminhos na medicina e na geriatria, baseados sempre na ética, na ciência, no humanismo e na humildade.”>
Para os próximos dois anos, o novo presidente estabelece como metas principais o fortalecimento da SBGG como referência científica, o combate à desinformação médica e o incentivo a políticas públicas voltadas à população idosa. “Queremos fortalecer o papel da SBGG como uma fonte confiável e baseada em evidências, especialmente em um momento em que se prolifera o que chamamos de fake medicina, com práticas sem respaldo científico e divulgação de informações enganosas que colocam em risco a saúde da população idosa.”>
Oliva também ressalta a importância de ampliar o acesso à geriatria fora dos grandes centros urbanos, fortalecer o cuidado interdisciplinar e estimular a formação continuada de profissionais. “Ainda enfrentamos desafios importantes, como a desigualdade de acesso a serviços geriátricos especializados e a necessidade de integração entre prevenção, atenção primária, cuidados de longa duração e cuidados paliativos.”>