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Por que os brasileiros estão sendo reprovados no visto americano?

Veja quais são os cinco erros mais comuns que levam a reprovação

  • Foto do(a) author(a) Perla Ribeiro
  • Perla Ribeiro

Publicado em 20 de agosto de 2025 às 08:26

Visto americano
Visto americano Crédito: Carlos Severo/Fotos Públicas

A taxa de recusa de vistos americanos para brasileiros voltou a subir no último ano fiscal, alcançando 15,48% em 2024, após ter atingido 11,94% em 2023, o menor índice dos últimos nove anos. Os dados são do próprio Departamento de Estado dos EUA (U.S. Department of State), que anualmente publica os índices ajustados de recusa de vistos B1/B2 por nacionalidade. Esses vistos são destinados a viagens temporárias para turismo (B2) ou negócios (B1) e estão entre os mais solicitados por brasileiros. Os dados referentes a 2025 ainda não foram divulgados oficialmente.

A oscilação reacende o alerta para quem pretende viajar aos Estados Unidos — especialmente com a proximidade da temporada de férias de fim de ano — e precisa enfrentar a entrevista consular, etapa decisiva do processo. Segundo o advogado especializado em imigração, Murtaz Navsariwala, a maioria das negativas decorre de falhas que poderiam ser evitadas com um preparo mais cuidadoso. Ele ressalta que a razão mais comum para a negativa continua sendo a falha em demonstrar vínculos fortes com o Brasil, como emprego estável, bens, estudos ou família, conforme previsto na seção 214(b) da Lei de Imigração dos EUA.

"Além disso, preenchimento incorreto do formulário DS-160, escolha inadequada do tipo de visto, omissões ou inconsistências nas informações fornecidas, bem como insegurança ou falta de clareza ao responder às perguntas do oficial consular, também figuram entre os principais fatores de recusa. Por isso, preparo cuidadoso, transparência e consistência são indispensáveis para aumentar as chances de aprovação”, explica o advogado, fundador do escritório Murtaz Law.

A entrevista consular é, na prática, uma análise feita por um oficial treinado para identificar inconsistências nas informações prestadas e riscos de imigração indevida. Por isso, o solicitante deve estar pronto para responder, com clareza e confiança, a perguntas como: “Qual o objetivo da sua viagem?”, “Quanto tempo pretende ficar?”, “Quem custeará a viagem?” e “O que você faz atualmente no Brasil?”. As respostas devem ser coerentes com os dados declarados no formulário DS-160 e sustentadas por documentos, ainda que estes nem sempre sejam solicitados.

De acordo com os relatórios oficiais publicados pelo Departamento de Estado dos EUA, o histórico recente mostra variação significativa nas taxas de recusa: foram 23,16% em 2020, 14,48% em 2022, 11,94% em 2023 e 15,48% em 2024 (fonte: travel.state.gov). Os dados referentes ao ano fiscal de 2025 ainda não foram divulgados, pois o período oficial — que nos Estados Unidos vai de 1º de outubro a 30 de setembro do ano seguinte — só se encerra no próximo mês.

Além disso, um novo comunicado oficial da Embaixada dos Estados Unidos no Brasil informa que, a partir de 2 de setembro de 2025, a maioria dos solicitantes de vistos de não imigrante — incluindo renovações — precisará passar por uma entrevista presencial com um oficial consular. Até então, muitas renovações eram isentas dessa etapa.

A mudança reduz significativamente os casos de dispensa automática e reforça a importância de se preparar corretamente. “A entrevista não é uma simples formalidade. Ela é, na prática, uma triagem que exige preparação. Quem entende o processo e se apresenta de forma clara, objetiva e coerente tem muito mais chance de obter o visto com sucesso”, reforça Murtaz Navsariwala.

Saiba quais são os erros mais frequentes que levam à recusa:

  1. Falta de comprovação de vínculos com o Brasil;
  2. Formulário DS-160 preenchido de forma incorreta ou incompleta;
  3. Escolha do tipo de visto inadequado ao propósito da viagem;
  4. Insegurança ou respostas vagas durante a entrevista;
  5. Omissão de informações relevantes, como vínculos ou familiares nos EUA.