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Da Redação
Publicado em 5 de julho de 2019 às 11:12
- Atualizado há 2 anos
As supostas mensagens trocadas entre o ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, e o procurador da força-tarefa da Lava Jato em Curitiba, Deltan Dallagnol, reveladas nesta sexta-feira, 5, pela revista Veja em parceria com o site The Intercept Brasil dominam o debate no Twitter nesta manhã. A ampla maioria dos comentários são críticos à postura do ex-juiz federal responsável pela Lava Jato na primeira instância, com a #MoroSuaCasaCaiu em primeiro lugar nos Trending Topics do Brasil e em quinto lugar nos TT's do mundo. >
No País, seis dos dez temas mais discutidos na rede social dizem respeito ao novo vazamento. A #MoroSuaCasaCaiu é seguida da palavra "Faustão" e de "Fausto Silva", apresentador que foi mencionado em mensagem de Moro a Dallagnol e confirmou à Veja a autenticidade da conversa. >
Também figuram entre os principais temas comentados na rede "Revista Veja", que divulgou as mensagens; "André Esteves", dono do banco BTG Pactual, que financiou a compra da editora Abril, responsável pela publicação; e "O Fachin", ministro do Supremo Tribunal Federal que também foi mencionado por Dallagnol como apoiador da Operação. Em determinado trecho das supostas conversas, Dallagnol manda mensagem aos outros procuradores da Operação com a frase "aha, uhu, o Fachin é nosso". >
O ministro se posicionou no Twitter a respeito da publicação. Moro publicou nota do Ministério da Justiça afirmando que os vazamentos agora divulgados são "mais um falso escândalo baseado em supostas mensagens obtidas por meios criminosos". >
Outros parlamentares também comentaram a publicação. O deputado Orlando Silva (PCdoB-SP) disse que Moro mentiu ao Congresso e que "até o Faustão confirmou a conversa". "Não dá pra negar nem defender a normalidade, pois estabeleceu relação de chefia com o Ministério Público", tuitou o deputado. >
Já o deputado Ivan Valente postou que Moro "cometeu sim ilegalidades, além de conluio com o MPF e outros, atuou para evitar delações, crimes que poderiam ser revelados, esclarecidos e punidos se perderam pelo caminho na atuação seletiva, parcial e criminosa do juiz". >
Os parlamentares da base do governo não se manifestaram, até a publicação desta matéria, sobre o assunto, preferindo exaltar a votação do relatório da Reforma da Previdência, aprovado nesta madrugada na Comissão Especial da Câmara para o tema. >