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Morre no Rio, aos 83 anos, a carnavalesca Maria Augusta, campeã com 'Bahia de Todos os Deuses'

Ela estava internada por complicações decorrentes de um câncer na bexiga

  • Foto do(a) author(a) Tharsila Prates
  • Foto do(a) author(a) Agência Brasil
  • Tharsila Prates

  • Agência Brasil

Publicado em 11 de julho de 2025 às 21:53

Maria Augusta em foto de 2005
Maria Augusta em foto de 2005 Crédito: Mônica Imbuzeiro

A carnavalesca e comentarista de desfiles de escolas de samba Maria Augusta Rodrigues morreu nesta sexta-feira (11), aos 83 anos, no Centro de Terapia Intensiva (CTI) do Hospital São Lucas, em Copacabana, zona sul do Rio de Janeiro, onde estava internada desde junho. A morte ocorreu por falência múltipla dos órgãos após complicações decorrentes de um câncer na bexiga.

Nascida em São João da Barra, interior do estado do Rio, Maria Augusta participou de desfiles marcantes, principalmente nas escolas de samba Acadêmicos do Salgueiro e União da Ilha do Governador.

Em 1969, estreou com título no Salgueiro com o enredo Bahia de Todos os Deuses, atuando como assistente de Fernando Pamplona e Arlindo Rodrigues. Voltou a vencer no Salgueiro em 1971, com Festa para um Rei Negro, e em 1974, como auxiliar de Joãosinho Trinta em O Rei de França na Ilha da Assombração.

Formada pela Escola de Belas Artes, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Maria Augusta deixou a marca de sua obra também na União da Ilha do Governador, onde assinou desfiles como Domingo, em 1977, e O Amanhã, em 1978, com enredos leves e de grande apelo popular. 

Na década de 1980, passou por escolas como Paraíso do Tuiuti e Tradição. Em 1993, realizou seu último trabalho como carnavalesca na Beija-Flor de Nilópolis, substituindo Joãosinho Trinta no enredo Uni-duni-tê, a Beija-Flor escolheu: é você.

Em nota, o governador do Rio, Cláudio Castro, lamentou a morte da carnavalesca. “Com profundo pesar, recebo a notícia do falecimento de Maria Augusta Rodrigues, uma das mais brilhantes e criativas personalidades do carnaval. À frente do seu tempo, a professora Maria Augusta ajudou a projetar as escolas de samba para o mundo. Durante décadas, encantou multidões com enredos que marcaram época, como Festa para um Rei Negro, do Salgueiro, e os inesquecíveis desfiles da União da Ilha do Governador.”

A Acadêmicos do Salgueiro também falou de Maria Augusta: “É com o coração em luto, mas repleto de gratidão, que nos despedimos hoje de Maria Augusta Rodrigues, uma das maiores carnavalescas da história, salgueirense de alma e a última viva da geração que transformou para sempre o desfile das escolas de samba”.

Segundo a escola, mais que uma artista genial, Maria Augusta foi uma revolução inteira. "Esteve ao lado de nomes como Fernando Pamplona, Arlindo Rodrigues, Joãosinho Trinta e Rosa Magalhães no momento mais audacioso e criativo da nossa história. Foi ali, no Salgueiro dos anos 60, que ela ajudou a reinventar o Carnaval. Com inteligência, elegância e ousadia, fez do desfile uma verdadeira aula de brasilidade, beleza e potência cultural.”

Neguinho da Beija Flor também manifestou pesar pela morte da carnavalesca e amiga. ”Recebi com muita tristeza a notícia do falecimento da minha grande amiga Maria Augusta. Uma mulher incrível, que deixou sua marca na história da Beija-Flor com carnavais inesquecíveis. Que Deus te receba em um plano de luz e conforte o coração de todos os familiares e amigos. Descanse em paz, minha amiga querida. Seu legado jamais será esquecido”, afirmou o cantor.