Pastor afirma que doramas defendem a androginia e recebe críticas

Durante pregação em igreja de Recife, pastor diz que "coração de dorama" e produções sul-coreanas estão associadas à androginia

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Publicado em 2 de fevereiro de 2024 às 21:51

My Demon é um dorama coreano famoso na Netflix
My Demon é um dorama coreano famoso na Netflix Crédito: Reprodução/Netflix

O pastor evangélico Ailton Junior, líder da Igreja Assembleia de Deus em Caruaru, no estado de Pernambuco, está sendo alvo de críticas nas redes sociais após pregação em um congresso de adolescentes quando relacionou doramas à androginia.

Na pregação, que aconteceu no último dia 28 de janeiro, o pastor afirmou que algumas novelas da Coreia do Sul são “prejudiciais à santificação”. Além disso, o religioso proibiu o gesto de coração com os dedos, gesto comum na cultura do país.

“Não façam mais o coração de dorama nos púlpitos da igreja para tirar fotos. Vocês sabem o que é dorama? Quem aqui sabe o que é dorama? Defesa da androginia! Não há definição de macho nem fêmea, e todos fazem o sinal de dorama porque são ignorantes”, disse Ailton Junior.

O pastor continuou: “Quando você assiste doramas e outras séries da TV, de morte, de 'vampiragem', e de tantas desgraças que há, você está se acostumando com a forma como o diabo age”.

Nas redes sociais, o discurso do religioso foi bastante criticado por brasileiros fãs da cultura coreana: “Esse cara nunca assistiu um dorama, porque, além da pele de porcelana que todos têm, os papéis de gênero são bem definidos”, diz internauta.

O perfil “Dorameira” no X, também deu sua opinião: “Os doramas são tão respeitosos e românticos e cheios de valores legais não tem sentido nenhum religioso criticar ao contrário deviam ser os primeiros a incentivar a assistir e preferir do que as produções ocidentais....ele nunca viu nada com certeza”.