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Da Redação
Publicado em 30 de junho de 2021 às 22:38
- Atualizado há 2 anos
A ministra Rosa Weber, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou nesta quarta-feira (30), o empresário Francisco Maximiano, sócio da empresa Precisa Medicamentos, que intermediou o contrato de compra da vacina indiana Covaxin, a ficar em silêncio na CPI da Covid. O depoimento dele está marcado para esta quinta-feira (1).>
Segundo a decisão, o empresário precisará comparecer ao interrogatório, mas poderá se recusar a responder perguntas 'potencialmente incriminatórias'.>
Convocado como testemunha, Maximiano pediu ao STF para ser alçado ao status de investigado, o que lhe livraria de assinar o termo de compromisso em falar a verdade. A ministra, no entanto, disse que a condição não ficou 'demonstrada de forma cristalina'>
Rosa também autorizou que o empresário seja acompanhado por um advogado durante o depoimento e deixou claro que ele não poderá 'sofrer constrangimentos físicos ou morais decorrentes do exercício dos direitos anteriores'. Maximiano teve os sigilos quebrados pela comissão parlamentar.>
Mais cedo, blindado por um habeas corpus semelhante, o também empresário Carlos Wizard permaneceu calado a maior parte do depoimento na CPI. O senador Omar Aziz (PSD-AM), presidente da comissão, disse que pretende recorrer da decisão que garantiu o salvo-conduto.>
O contrato de R$ 1,6 bilhão para compra da Covaxin foi cancelado pelo Ministério da Saúde depois que suspeitas de corrupção e superfaturamento envolvendo a aquisição do imunizante vieram a público a partir dos depoimentos do deputado federal Luis Miranda (DEM-DF) e do irmão do parlamentar, Luis Ricardo Miranda, que é chefe de importação do Departamento de Logística do Ministério da Saúde e relatou ter sofrido pressão 'atípica' para liberar a compra das doses da vacina indiana.>
A Polícia Federal e a Procuradoria da República no Distrito Federal abriram investigações para apurar se houve irregularidade nas tratativas para aquisição do imunizante fabricado pelo laboratório indiano Bharat Biotech. >