Chuva deixa Furdunço vazio no circuito Osmar nesta sexta (9)

Poucos foliões permaneceram nos arredores do Largo do Campo Grande após a passagem do trio de Saulo

Nem parecia Carnaval. Os arredores do Largo do Campo Grande estavam vazios durante a tarde desta sexta-feira (9). Depois que o trio da pipoca de Saulo passou, a multidão foi atrás e desapareceu. Só ficaram os mini-trios que se preparavam para desfilar no Furdunço, seus poucos foliões - fiéis escudeiros - e muita chuva.

As poças de água no chão - que normalmente desaparecem no empurra-empurra do Carnaval - ensopavam os pés dos poucos foliões. Mas ninguém queria saber de capa; quem está na chuva é para se molhar.

"Estamos na chuva, mas estamos felizes", garantiu o bailarino Rodolfo Queiroz, de 34 anos. Ele foi junto com os amigos curtir o Furdunço, cumprindo a tradição de todos os anos.

"O Furdunço é a essência do Carnaval, remete ao começo de tudo. Estou aqui para celebrar essa festa", disse.

A tradição reúne uma mistura de ritmos (de axé a forró, passando pelo samba) e propõe os artistas mais pertinho do público, com trios bem pequenos. A ideia é fugir da muvuca, mas, com a chuva, teve gente até de menos.

A empresária Nara Cabral, de 50 anos, estava com o marido, Toni Araújo. Eles tiveram a Rua Forte de São Pedro quase toda para eles, que aproveitaram para dançar à vontade e tietar Marquinhos Café, uma das atrações.

"Eu gosto do Furdunço por conta dessa mistura de várias apresentações e vários estilos. O modelo é diferente e a gente consegue curtir muito. Isso resume o Carnaval em si. Estou aqui valorizando os nossos artistas e extravasando a alegria", falou.

Quem também se destacou na festa foi Balbina Pereira, de 72 anos. Depois de sempre trabalhar durante o Carnaval, ela finalmente conseguiu curtir em 2024, agora aposentada.

"Eu amo isso daqui. Amo o meu Furdunço e não perco por nada, nem por causa da chuva", garantiu ela, sem parar de dançar, atrás do trio de Marquinhos Café.

Além dele, também desfilaram atrações como Banda Ruy Tapajós, Grupo é de Lata, Corrupío, Arca do Axé e Tio Barbané.

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