Especialista alerta para 'Doença do beijo' no Carnaval

Mononucleose não tem remédio específico e são tratados apenas os sintomas

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Publicado em 7 de fevereiro de 2024 às 09:44

Multidão curte o Carnaval de Salvador
Multidão curte o Carnaval de Salvador Crédito: Arisson Marinho/ Arquivo CORREIO

Festas populares, como o Carnaval, favorece a circulação silenciosa de vírus que têm a boca como porta de entrada. Uma das infecções mais comuns contraídas por esse contato é a mononucleose infecciosa, também conhecida como Doença do Beijo.

“Mais de 90% da população adulta possui anticorpos contra o agente que provoca esta infecção. Isso significa que em algum momento da vida o indivíduo entrou em contato com esse vírus, mesmo que não tenha desenvolvido nenhum quadro clínico característico”, explica a infectologista Carolina Lázari, do Grupo Fleury.

A mononucleose infecciosa é causada por um vírus que tem uma característica peculiar: depois que a pessoa teve essa infecção, nunca mais se livra completamente do vírus. Isso porque o vírus fica “morando” na garganta ou nas amígdalas do indivíduo que, periodicamente, o elimina na saliva. Caso você entre em contato com uma pessoa que o está expelindo, ainda que não esteja doente naquele momento, poderá contrair a infecção.

Adolescentes e adultos jovens, na faixa de 15 a 25 anos, costumam apresentar sintomas como febre, dor de garganta e aumento de linfonodos. Também podem aparecer manchas vermelhas pelo corpo, além de aumento do fígado e baço. Os sintomas podem durar de duas a três semanas.

Não existe um remédio específico para mononucleose, portanto, são tratados apenas os sintomas. É indicado o repouso, pois o indivíduo sente fadiga e indisposição. Em casos de aumento do baço, o descanso é ainda mais fundamental, pois em situações extremas ele pode se romper.

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