As armadilhas da Copa do Brasil para os clubes mais tradicionais

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  • Da Redação

Publicado em 13 de fevereiro de 2019 às 05:00

- Atualizado há um ano

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O novo formato da Copa do Brasil, em vigor desde 2017, pode ser uma armadilha para os clubes mais tradicionais do país, casos de Bahia e Vitória, que não podem tropeçar na rodada de estreia ou voltarão para casa eliminados. É claro que há o benefício de se classificar com o empate, mas convenhamos que decidir a vaga em jogo único, na casa do adversário, com a torcida contra, é um risco tremendo. O ambiente é desfavorável.

Não há mais a segurança do Barradão ou da Fonte Nova para desmanchar uma possível vantagem construída pelos times menores, por isso é preciso que os atletas mantenham o nível de concentração lá em cima durante os 90 minutos. O Leão precisa se impor diante do Moto Club, equipe com quem empatou pela Copa do Nordeste, jogando com os garotos do sub-23. O tricolor não pode dar chance ao Rio Branco, que lidera invicto o Campeonato Acreano.

O risco de uma eliminação precoce na competição é um verdadeiro pesadelo para a dupla Ba-Vi. Além de perder a oportunidade de lucrar com a premiação a cada avanço de fase, os treinadores precisariam lidar com a insatisfação da torcida, que seria recebida de forma distinta nos dois clubes. No Bahia, frustração e revolta por causa do investimento feito pela diretoria no elenco. No Vitória, abalaria ainda mais a imagem do presidente Ricardo David. Em ambos os casos, dor-de-cabeça para os treinadores.

Mas as duas equipes têm total condição de ficar com a vaga para a próxima fase e são favoritas para isso. Gradativamente, o Vitória vai mostrando evolução sob o comando de Chamusca e, sobretudo, poder de reação. Foi importante, do primeiro para o segundo tempo do Ba-Vi, sair do abismo para buscar o empate contra o maior rival. Contra o Bahia de Feira, com os reservas, as entradas de Rodrigo Andrade e Yago colocaram o time nos eixos.

Embora tenha saído vaiado dos dois últimos jogos que fez e precise dar uma resposta, a equipe principal do Bahia tem qualidade para fazer um bom jogo. O domínio sobre Vitória e Liverpool do Uruguai, pelo Campeonato Baiano e Sul-Americana, ficou evidente. É caprichar na hora de colocar a bola para dentro para não passar sufoco. Então, é bola em Gilberto, artilheiro do time na temporada, com seis gols em seis partidas.

Olho no Tremendão O Bahia de Feira não lidera o Baianão à toa. A equipe, que somou quatro pontos contra a dupla Ba-Vi, é organizada tanto para se defender quanto para atacar, tem uma boa bola parada, jogadores experientes e um treinador que sabe o que faz (Barbosinha). Além dos experientes Bruninho, Deon e Jarbas, vale ficar de olho no lateral Van, que deitou e rolou no confronto diante do Vitória, vencendo grande parte dos duelos individuais com o lateral argentino Arroyo.

O Tremendão só não está mais folgado na ponta da tabela graças às boas defesas de Caíque, que faz boa temporada e garantiu o empate para o Vitória. A equipe do interior foi superior e poderia ter saído vitoriosa da Arena Cajueiro, assim como poderia também ter confirmado o favoritismo diante do Jacobina na 4ª rodada, quando abriu 2x0 e cedeu o empate.

Rafael Santana é repórter do GloboEsporte.com e escreve às quartas-feiras.