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Jairo Costa Jr.
Publicado em 26 de novembro de 2016 às 08:47
- Atualizado há um ano
Cerco fechadoOs promotores responsáveis pela Operação Adsumus já recolheram provas suficientes para que a procuradora-geral de Justiça da Bahia, Ediene Lousado, solicite a prisão preventiva do prefeito de Santo Amaro, Ricardo Machado (PT). O petista é suspeito de participar de um esquema de fraudes em licitação responsável por desviar ao menos R$ 24 milhões dos cofres do município. No entanto, a detenção de Machado depende tanto do pedido de Lousado, chefe do Ministério Público do Estado (MPE), quanto do Tribunal de Justiça (TJ) da Bahia. Isso porque o político possui foro privilegiado até o fim de dezembro, quando deixará o cargo. As evidências mais graves contra o prefeito surgiram a partir do acordo de delação premiada de um dos empresários envolvidos, que detalhou a suposta participação de Machado no cartel criado para abocanhar contratos em cerca de 80 cidades do interior baiano. A colaboração do delator já foi homologada pelo TJ, como noticiado pela coluna na edição de ontem.
Ação entre parceirosAo mesmo tempo, a Justiça acatou um requerimento da Promotoria de Santo Amaro, sede da Adsumus, e autorizou o compartilhamento de provas coletadas nas três fases da operação com sete outras instâncias com respaldo legal para apurar desvios de dinheiro e corrupção: Ministério Público Federal (MPF), Controladoria-Gera da União (CGU), Polícia Federal (PF) e os tribunais de Contas dos Municípios (TCM), do Estado (TCE) e da União (TCU). Obtidos por meio de quebras de sigilo, depoimentos e buscas e apreensões em empresas e endereços ligados aos suspeitos, os indícios estão distribuídos em três grandes eixos de investigação: contratos para obras públicas, sobretudo em escolas e postos de saúde, locação de máquinas e compra de materiais de construção. O trabalho da Adsumus deu origem a duas ações penais, em que os réus são acusados de associação criminosa, lavagem de dinheiro, fraudes em licitação e peculato.Fora do tapeteNo despacho em que autoriza o compartilhamento de provas, o juiz Marcos Adriano Silva Leão, da Vara Criminal de Santo Amaro, destaca a necessidade de aprofundar as investigações da Operação Adsumus em instâncias federais. “Não é possível imaginar que a complexidade de fatos e de relacionamento entre empresas com o município de Santo Amaro, bem como a ligação entre os respectivos representantes privados e públicos, encerre ilícitos apuráveis tão somente na esfera da Justiça Estadual da Comarca de Santo Amaro. E mais, tratando-se de verbas públicas, exige, em um estado democrático de direito, ampla análise e investigação”, destaca Leão, em despacho assinado anteontem.Régua passadaLevantamento feito pela Satélite junto a 20 vereadores da base aliada e da oposição aponta para irreversibilidade da vitória de Leo Prates (DEM) na disputa pela Presidência da Câmara de Salvador. Com o apoio dos três parlamentares do PTN, anunciado ontem, o democrata começa a ganhar a adesão pública de integrantes da bancada de oposição. Pelos cálculos fechados até ontem, Prates já teria entre 25 e 30 votos.Idas e vindasEx-coordenadora de Relações Institucionais da Bahiatursa, Regina Ahmed foi nomeada ontem para o lugar de Celsinho Cotrim na Diretoria de Promoções do órgão. A volta de Regina, antecipada na coluna de quinta, gerou mal-estar no Conselho Baiano de Turismo, para quem há nomes mais qualificados para a vaga. Amigo de Celsinho, o promoter Ginno Larry também foi demitido da Bahiatursa, dois meses após ganhar cargo de confiança.