Programa socioambiental baiano fortalece agricultura familiar em região serrana do Rio

Fundação Norberto Odebrecht e Ocyan impulsionam o crescimento econômico e sustentável de produtores rurais em Sana

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Publicado em 26 de abril de 2024 às 09:59

Programa de Desenvolvimento e Crescimento Integrado com Sustentabilidade
Programa de Desenvolvimento e Crescimento Integrado com Sustentabilidade Crédito: Divulgação

Um novo olhar para a agricultura familiar e mais qualidade de vida. Essas são apenas algumas das mudanças sentidas por 27 famílias de pequenos produtores de oito comunidades do Sana, região serrana de Macaé (RJ), beneficiadas por práticas do Programa de Desenvolvimento e Crescimento Integrado com Sustentabilidade (PDCIS) da Fundação Norberto Odebrecht.

Ao todo, já são 132 pessoas da localidade impactadas. A reaplicação do programa socioambiental baiano em solo carioca tem o objetivo de fomentar, através de ações de capacitação e assistência técnica, impactos na produtividade e sustentabilidade dos plantios de pequenos produtores locais. Iniciado há 20 anos no Baixo

Sul da Bahia, o PDCIS já beneficiou milhares de pessoas no Estado, tendo expandido sua atuação para o Rio de Janeiro em 2022, graças a uma parceria com a Ocyan, empresa de óleo e gás. Também é realizada na região a partir de um trabalho conjunto com o município de Macaé, a Associação de Proteção ao Patrimônio Ambiental e Cultural (APPAC -Tororó) e a Associação dos Produtores da Agricultura Familiar do Sana (APAF).

Em diagnóstico feito no início do projeto, foi percebido que este território com bioma da Mata Atlântica concentrava produtores rurais interessados por práticas de preservação ambiental, inovação no campo e ampliação de mercado, porém que não contavam com o suporte necessário para aprimoramento de conhecimentos técnicos para o planejamento de suas produções.

“Esse é um projeto essencial para agricultura familiar, pois, através dele, fornecemos tecnologias que auxiliam os beneficiários a diversificar seus cultivos agrícolas e a manejá-los em respeito ao meio ambiente. Além disso, impulsionamos o aumento de suas rendas demonstrando novos métodos de escoamento e comercialização dos seus produtos”, afirma Wendy Wicks, integrante da área de Sustentabilidade da Fundação Norberto Odebrecht, braço social do Grupo Novonor.

A fim de oferecer a estes agricultores as competências necessárias para uma gestão mais eficiente das suas propriedades, o PDCIS no Sana culminou, em 2023, em mais de 70 horas de assistência técnica personalizada, 42 projetos educativo-produtivos em 38,65 hectares e 19 horas de capacitações.

Segundo Kátia Santos, especialista de Responsabilidade Socioambiental na Ocyan, seminários com objetivo de promover a sustentabilidade, autonomia, segurança alimentar e a qualidade de vida das comunidades também estão entre as ações realizadas. “As atividades contribuem para potencializar o aprendizado e o desenvolvimento dos agricultores, à medida que conhecem novas técnicas para cultivos”, explica.

O PDCIS

Desde 2003, a Fundação promove o desenvolvimento territorial sustentável por meio do PDCIS, modelo de tecnologia social que estimula maior senso de empreendedorismo rural aliado à consciência ambiental nas comunidades beneficiadas. Primeira vez implementado fora do eixo baiano, para Wendy, “a realização do programa no Sana está sendo algo inovador e emocionante para toda a equipe”, diz.

Márcio Nascimento, gestor ambiental e diretor executivo da APPAC - Tororó, compartilha que um dos destaques do programa é o alinhamento com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU, e que, no final do ano passado, recolheram o uso de agrotóxicos para implantar sistemas de manejos agroecológicos.

“Essa transição é uma grande conquista para colocarmos alimentos saudáveis na mesa de todos, principalmente para as redes escolares às quais os agricultores do Sana fornecem”, conta. O diretor afirma ainda que, com a relevância do projeto, grandes impactos já foram sentidos, como a mobilização de instâncias importantes para apoio nas comunidades da região.

“Não é fácil fazer a gestão de um programa desse nível. A Fundação tem feito aqui conosco um trabalho de excelência. Todos os profissionais são altamente qualificados, e cada auxílio e orientação nessa troca de saber e tecnologia tem sido de grande valia para nós”, conclui.