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Veja tudo o que se sabe até agora sobre as mortes dos médicos no Rio

Entre as vítimas fatais, está o médico baiano Perseu Ribeiro, torcedor do Bahia

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  • Da Redação

Publicado em 5 de outubro de 2023 às 11:11

Médicos tiraram uma foto quando estavam no quiosque
Médicos tiraram uma foto quando estavam no quiosque Crédito: Reprodução/Redes sociais

Os médicos Marcos de Andrade Corsato, 62, Diego Ralf Bomfim, 35, e Perseu Ribeiro Almeida, 33, foram mortos na madrugada desta quinta-feira (5), em um quiosque da Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro. O quarto médico, Daniel Sonnewend Proença, 32 anos, sobreviveu a três tiros e está internado no Rio.

A Polícia Civil do RJ acredita em execução, já que nada foi levado, e os criminosos chegaram atirando. Testemunhas contaram ainda que os bandidos nada falaram. Foram pelo menos 20 disparos.

O CORREIO reuniu as primeiras informações sobre o assassinato dos profissionais da área da saúde, que movimentou o país. O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, informou que a Polícia Federal vai acompanhar as investigações sobre as mortes dos ortopedistas.

Quem são os mortos?

No quiosque, quatro médicos conversavam pouco antes do assassinato. Minutos antes do crime, eles publicaram uma foto juntos. Três morreram na hora, um ainda está em estado grave em uma unidade particular do Rio de Janeiro. São eles:

Marcos de Andrade Corsato, 62 anos: Médico assistente do Instituto de Ortopedia e Traumatologia do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP).

Diego Ralf Bomfim, 35 anos: Irmão da deputada federal Sâmia Bomfim (PSOL-SP). Especialista em Reconstrução Óssea pelo Instituto de Ortopedia e Traumatologia do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP. Morreu no Hospital Lourenço Jorge.

Perseu Ribeiro Almeida, 33 anos, baiano: Especialista em cirurgia do pé e tornozelo pelo Instituto de Ortopedia e Traumatologia do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP. Fez aniversário na terça (3).

Daniel Sonnewend Proença, 32 anos: Foi atingido com três tiros e o único que ficou vivo após o crime. Ele foi levado para uma unidade particular após ser socorrido no Hospital Municipal Lourenço Joge. Formado pela Faculdade de Medicina de Marília em 2016, é especialista em cirurgia ortopédica.

O que faziam no Rio:

Os ortopedistas estavam hospedados no Hotel Windsor, na Avenida Lúcio Costa, que sedia a partir desta quinta-feira o 6º Congresso Internacional de Cirurgia Minimamente Invasiva do Pé e Tornozelo.

Como foi o ataque

No início da madrugada, os quatro estavam em um quiosque na frente do hotel. À 0h59, um carro branco parou, e três homens de preto e armados com pistolas desceram do veículo e abriram fogo à queima-roupa.

Foram pelo menos 20 disparos. Um dos bandidos ainda voltou para atirar mais em um dos médicos que tentava se refugiar atrás do quiosque.

Agentes do 31º BPM (Recreio dos Bandeirantes) chegaram a efetuar buscas, mas ninguém foi preso até o momento.

Uma das vítimas era irmão da deputada federal Sâmia Bonfim

Um dos médicos mortos no Rio de Janeiro, na madrugada desta quinta-feira (5), é irmão da deputada federal Sâmia Bomfim (PSol). Diego Ralf Bomfim, de 35 anos, foi um dos atingidos pelos disparos. Ele chegou a ser socorrido para Hospital Lourenço Jorge, mas não resistiu aos ferimentos.

Diego Ralf Bomfim era graduado em Medicina pela Faculdade de Medicina Dr. Domingos Leonardo Cerávolo, da Universidade do Oeste Paulista. Era especialista em Ortopedia e Traumatologia, em cirurgia do pé e tornozelo e em reconstrução óssea.

Vídeo mostra momento do tiroteio

Um vídeo gravado pelas câmeras de segurança mostra o exato momento em que os médicos foram assassinados em um quiosque na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro, na madrugada desta quinta-feira (5).

Nas imagens, é possível perceber que há dois homens conversando mais próximo da câmera de segurança e, ao fundo, um carro branco para no meio da pista. Três homens saem correndo apontando as armas para os médicos, cometendo os assassinatos em via pública.

Os dois homens que conversavam, percebem a movimentação e, após os disparos, correm para se proteger dos disparos. Na mesa ao lado em que os médicos estavam sentados, também havia outras pessoas, que correram para não serem atingidos.

Depois do crime, os homens ainda atiram aleatoriamente para outras pessoas que estão pelo local, um deles vai para o carro, volta para a calçada, e corre novamente para o veículo. Outro participante do assassinato também corre em direção aos médicos para certificar se eles realmente foram mortos.

Flávio Dino diz de PF vai ajudar no caso

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, informou que a Polícia Federal vai acompanhar as investigações sobre as mortes dos médicos no Rio de Janeiro, na madrugada desta quinta-feira (5). Um dos médicos mortos é irmão da deputada federal Sâmia Bomfim (PSol). O ministro cogita a possibilidade de o crime ter motivação política.