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e.c. bahia
Rivais precisam de 14 chutes para fazer um gol no tricolor
Gabriel Rodrigues
Publicado em 20 de outubro de 2019 às 06:00
- Atualizado há um ano
Se tem uma coisa difícil no Brasileirão é fazer gol no Bahia. O sistema defensivo tricolor vem fazendo bonito na Série A. Logo de cara, o Esquadrão é o dono da quarta defesa menos vazada do campeonato, com 22 gols sofridos após 26 rodadas, ao lado do líder Flamengo. O tricolor fica atrás apenas de São Paulo (17), Corinthians (19) e Palmeiras (20).
Fora isso, o Bahia exige bastante dos seus concorrentes. De acordo com o FutStats, os ataques adversários precisam de 14 chutes para fazer um gol no tricolor. Entre todos os 20 clubes do Brasileirão, o Esquadrão aparece em quarto no quesito, atrás de Corinthians (16,78), São Paulo (16,71) e Botafogo (14,48).
O triunfo sobre o Grêmio, por 1x0, em Porto Alegre, foi o 14º em 26 jogos que o time terminou sem ser vazado, o sétimo como visitante. E um dos responsáveis por esses números está no gol.
Douglas esteve em todas as 14 partidas em que as redes do Bahia não foram balançadas. Ele lidera o ranking do maior número de partidas sem sofrer gol. A lista tem, na sequência, os goleiros Cássio, do Corinthians, com 11, e Tiago Volpi (São Paulo) e Weverton (Palmeiras), com dez jogos cada.
O jogador do Bahia ainda chama a atenção pelo número de "milagres" na Série A. Até aqui foram 30 defesas difíceis registradas em 25 jogos. Uma média de 1,2 por partida. Douglas é o líder do ranking, ao lado de Jordi, do CSA.
Outro destaque é que o meio-campo do Bahia tem sido eficaz na marcação. "Pitbull" tricolor, Gregore é o líder de desarmes no campeonato. Roubou 93 bolas em 23 jogos, uma média de quatro desarmes por partidas.
“Fico feliz com esses números. É sinal que estou podendo ajudar o Bahia junto com meus companheiros dentro de campo. Mas isso tudo é fruto de muito trabalho no dia a dia, do ótimo trabalho que nossa comissão vem fazendo e também de todo o esforço do grupo nas partidas. Então espero seguir fazendo o meu melhor como venho fazendo para ajudar o Bahia”, comenta Gregore.
Sem retranca Quem olha para os números percebe que o tricolor tem na defesa sólida um dos pilares da boa campanha que permite ao clube brigar por uma vaga na Copa Libertadores de 2020. Mas não significa que a equipe de Roger Machado atua na base da retranca. Pelo contrário.
Apesar de muitas vezes usar do contra-ataque para chegar ao gol, o Bahia está longe de ser um time retrancado na defesa. Nem mesmo quando o treinador aposta no esquema com três volantes o time fica apenas no seu campo defensivo. O jogo apoiado e o toque de bola até o ataque têm sido uma das armas de Roger.
A prova disso foi o volume ofensivo construído pelo Esquadrão nas últimas partidas da Série A. Das 319 finalizações que o tricolor conseguiu no Brasileirão - o que dá uma média de 12,2 por partida -, 156 (48,9%) foram arrematadas de dentro da área.
Nesta segunda-feira (21), o Bahia vai ter mais uma chance de confirmar a boa a fase em 2019. A partir das 19h30 a equipe recebe o Ceará, no estádio de Pituaçu.