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Portal Edicase
Publicado em 4 de junho de 2025 às 20:09
Insatisfação com a rotina, busca por propósito, esgotamento emocional ou vontade de começar do zero. São muitos os motivos que levam alguém a desejar uma mudança de rumo na vida profissional, e essa vontade tem ganhado força no Brasil. >
Uma pesquisa da consultoria Aon, por exemplo, revelou que 68% dos profissionais no país estão em processo de mudança ou pretendem trocar de emprego ainda em 2025. Já um levantamento da Catho aponta que 42% dos trabalhadores planejam mudar de carreira neste ano, impulsionados principalmente pela busca por mais qualidade de vida, mencionada por 42,7% dos entrevistados. >
Segundo a pesquisa, a insatisfação com o ritmo acelerado, a ausência de reconhecimento, a falta de perspectivas de crescimento e a necessidade de ambientes de trabalho mais saudáveis também estão entre os principais motivos. Os dados mostram que a transição de carreira tem deixado de ser exceção e se tornado um movimento cada vez mais comum e, para que ela aconteça de forma leve e bem-sucedida, é essencial planejamento e clareza de propósito. >
De acordo com Rennan Vilar, diretor de Pessoas e Cultura do Grupo TODOS Internacional, os motivos para a transição de carreira são diversos e muitas vezes combinam fatores emocionais e racionais. “Algumas pessoas chegam a um ponto em que sentem que sua trajetória profissional já não está mais conectada com seus valores ou estilo de vida. Outras identificam que não estão evoluindo, que perderam o brilho no olhar ou simplesmente querem explorar novos interesses”, explica. >
No entanto, ele alerta que nem todo impulso de mudança representa um desejo real de transição. “É importante distinguir momentos de frustração pontual de uma insatisfação profunda e contínua. Por isso, a autorreflexão e o acompanhamento de um mentor podem ser grandes aliados nesse processo”, reforça. >
Para que a mudança de carreira seja planejada e minimize riscos, Rennan Vilar lista alguns passos práticos: >
“Transição de carreira não deve ser um salto no escuro. É preciso que seja um movimento estratégico e, quando bem planejado, pode ser extremamente enriquecedor e transformador”, destaca o especialista. >
Para o diretor de Pessoas e Cultura, o autoconhecimento é um dos pilares mais importantes da mudança profissional. “É preciso entender seus valores, motivações, talentos e o que te realiza no trabalho. Quando há alinhamento entre quem você é e o que você faz, as chances de sucesso e satisfação são muito maiores”, explica. >
Rennan Vilar destaca também a importância de avaliar se o novo caminho está coerente com os objetivos de longo prazo. “Muitas vezes, o desejo de mudar pode vir de uma insatisfação momentânea. Por isso, olhar para dentro é essencial”. >
O medo é um sentimento comum em qualquer processo de transformação, principalmente quando envolve a carreira. Para quem sente insegurança, Rennan Vilar aconselha o desenvolvimento de algumas competências comportamentais: >
“É normal ter receios, mas eles não devem paralisar. Quando a mudança é bem pensada, ela pode abrir portas para um novo ciclo cheio de significado e crescimento “, conclui o executivo. >
Por Nayara Campos >