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Portal Edicase
Publicado em 21 de julho de 2025 às 17:35
Embora altamente qualificadas e informadas, muitas mulheres da Geração Z ainda enfrentam barreiras silenciosas ao tentar alcançar posições de liderança. Para Thaís Roque, mentora de carreiras e referência em liderança feminina, o principal obstáculo está na ausência de autoconfiança baseada em autoconhecimento — uma lacuna emocional que as impede de assumir o protagonismo, mesmo quando têm preparo técnico. >
Segundo dados do Instituto Z, especializado em estudos de comportamento e consumo da Geração Z e Alpha, apenas 10% das empresas brasileiras contam com líderes da Geração Z em cargos de tomada de decisão, revelando um cenário de sub-representação que vai além da competência : trata-se de narrativa, permissão interna e construção de identidade profissional. >
Pensando nisso, Thaís Roque compartilha 5 dicas com práticas simples e eficazes para impulsionar a liderança entre jovens mulheres que querem conquistar seu espaço no topo. Confira! >
Reflita sobre sua trajetória e identifique os pontos fortes que a tornaram quem você é. “A liderança começa quando você reconhece que tem algo único para oferecer”, destaca Thaís Roque. Crie uma linha do tempo com experiências marcantes, feedbacks recebidos e desafios superados. >
Muitas mulheres Geração Z performam, estudam e entregam, mas não se colocam. Construa sua narrativa profissional. Quem é você no ambiente de trabalho? Quais são seus valores e diferenciais ? Comece a se apresentar com mais intenção. >
Autopromoção não é arrogância, é visibilidade. Compartilhe um resultado ou aprendizado em suas redes profissionais, ou dentro da empresa. “Crescemos ouvindo que o reconhecimento viria sozinho. Isso não é verdade, especialmente para mulheres”, afirma a mentora. >
Construa sua rede com autenticidade. Agende uma conversa com alguém que você admira, participe de rodas de escuta, grupos internos ou comunidades externas. “ Networking é sobre troca e representatividade. Cercar-se de bons exemplos amplia suas possibilidades”, diz Thaís Roque. >
Referências importam. Olhe para as lideranças da sua empresa: você se enxerga ali? Thaís Roque reforça que é essencial rever modelos de sucesso. “Se a jovem só vê no topo pessoas exaustas, aprende que liderar custa caro demais. Precisamos de referências sustentáveis”, alerta. >
Thaís Roque defende que as organizações devem investir em ambientes emocionalmente seguros , com rodas de escuta, mentorias reversas, projetos de liderança prática e revisão de estruturas que hoje afastam jovens mulheres, como planos de carreira inflexíveis, lideranças masculinas homogêneas ou políticas que desconsideram a realidade da maternidade. “Empresas inteligentes não só promovem mulheres, mas constroem espaços onde elas querem ficar e crescer”, conclui. >
Por Renata Bezerra >