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Da Redação
Publicado em 15 de setembro de 2022 às 17:59
O pastor Sérgio Dusilek, do Rio de Janeiro, renunciou ao cargo de presidente da Convenção Batista Carioca, nesta quarta-feira (14), após ser criticado por participar de um ato de apoio à campanha de Lula (PT) para a Presidência da República na última sexta-feira (9). As informações são do g1.>
Em documento da congregação, há a recomendação para que seus líderes não participem de eventos de cunho político-partidário.>
“Respeitamos o princípio da liberdade de consciência, porém entendemos, a partir desse episódio, que nossas posturas devam ser ainda mais firmes e cuidadosas nas questões político-partidárias. Recomendamos que nossos líderes da denominação e das igrejas evitem compromissos públicos dessa natureza, visando assim reforçar o princípio da separação entre Igreja e Estado”, diz a nota, acessada pelo portal.>
A Convenção Batista Carioca disse reconhecer os constrangimentos altamente prejudiciais aos batistas, apesar da participação ter sido de cunho pessoal.>
“Já é público e notório que em nenhum momento houve autorização ou endosso de quem quer que seja ao supracitado pronunciamento. Embora o ex-presidente declare que a sua fala tenha sido estritamente de cunho pessoal, percebemos a impossibilidade de separar tal discurso da função exercida na presidência e, por sua vez, da imagem da CBC e dos batistas”, afirmou a nota.>
Evento>
No evento em que o pastor Sérgio Dusilek participou, ele afirmou que a pobreza no país cresceu em relação às gestões do ex-presidente.>
"A Igreja Evangélica tem que pedir perdão ao senhor. Tem que pedir perdão ao presidente Lula. O senhor não foi só alvo da injustiça do judiciário brasileiro. O senhor tem sido alvo da injustiça do clero brasileiro. E eu me envergonho por isso, presidente. Porque o senhor não merece continuar passando por essa injustiça", afirmou Dusilek no evento.>
Ele encerrou a participação pedindo que Lula e Alckmin, caso sejam eleitos, pratiquem a justiça e a misericórdia.>
Desde então, o pastor foi alvo de críticas pelas organizações evangélicas. A Convenção Batista Brasileira divulgou uma nota em que declarava "total estranheza e desaprovação" em relação as declarações do pastor no evento em São Gonçalo.>
"Reafirmamos que, como instituição, não declaramos apoio a nenhum candidato a cargo público ou partido político. Ao longo da nossa história de 151 anos zelamos pelos nossos princípios e pelo que cremos. Entre os princípios batistas estão a liberdade de consciência e a liberdade de expressão", afirmou a CBB.>