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Além da luz: cientistas descobrem que Aurora Boreal também tem sons

A ciência finalmente explica os ruídos misteriosos da Aurora Boreal

  • Foto do(a) author(a) Agência Correio
  • Agência Correio

Publicado em 27 de junho de 2025 às 20:00

black suv on snow covered field under green aurora lights
black suv on snow covered field under green aurora lights Crédito: Freepik

Muitas pessoas sentem arrepios ao escutar os ruídos da Aurora Boreal. Esse espetáculo, antes envolto em mistério e lendas sobre espíritos, agora tem uma sólida base científica. 

Por séculos, a menção de sons da aurora era vista como boato. Entretanto, em 2012, o pesquisador Unto Laine, da Universidade Aalto, Finlândia, alcançou um feito inédito: a gravação desses sons. Ele finalmente comprovou a existência deles.

A maioria das pessoas admira a Aurora Boreal por suas luzes deslumbrantes, mas poucos sabem que ela também produz sons. Esses ruídos, agora confirmados, são gerados por descargas elétricas. Elas acontecem perto do solo, em condições bem específicas.

Os sons são reais

A Aurora Boreal realmente produz sons, e essa realidade tem base científica. Pesquisas recentes confirmaram esses ruídos, que se originam de descargas elétricas sob condições atmosféricas ideais. Essa descoberta muda tudo o que se sabia sobre o fenômeno.

Unto Laine, engenheiro acústico, validou a existência dos sons ao gravá-los em 2012. Em 2016, sua equipe propôs que os ruídos são resultado de descargas elétricas, ocorrendo em baixas altitudes, aproximadamente entre 70 e 90 metros acima do solo.

Para os sons ocorrerem, são necessárias condições climáticas muito específicas: um ambiente calmo, céu claro e a formação de uma camada de inversão de temperatura. Laine explicou: “Essa camada de ar quente, com ar mais frio acima e abaixo dela, é chamada de camada de inversão de temperatura”.

Processos independentes

Uma das maiores revelações da pesquisa de Laine é a independência entre os sons e as luzes da aurora. Embora ambos derivem de perturbações na magnetosfera da Terra, seus processos de geração são distintos, causados por partículas solares e gases.

Laine revelou que os sons são muito mais comuns do que qualquer um imaginava. Contudo, sem a aurora visível, as pessoas geralmente atribuem esses ruídos a outros fenômenos, como o estalo do gelo ou a presença de animais, sem associá-los corretamente.

As comunidades indígenas mantêm uma rica história de ouvir os sons da Aurora Boreal. Mamie Williams, do povo Tlingit no Alasca, compartilhou uma poderosa interpretação: “São nossos ancestrais nos dizendo: ‘Nós cruzamos, mas ainda estamos aqui com vocês’”.