Família arromba porta de hospital e leva corpo de morto por covid-19 ao cemitério

Parentes queriam oferecer 'enterro cristão' ao falecido; veja vídeo

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  • Da Redação

Publicado em 10 de abril de 2021 às 12:00

- Atualizado há um ano

. Crédito: Foto: Reprodução

Uma família colombiana precisou quebrar as portas de um hospital para remover o corpo de um parente que morreu por covid-19. Após o incidente, ocorrido na manhã desta quinta-feira (8), os envolvidos pediram desculpas publicamente.

A ação, considerada pelo governador do departamento de Magdalena como vandalismo, tinha como objetivo oferecer um "enterro cristão", sem cumprir o protocolo durante a pandemia. O morto foi identificado como Ramón Eliécer Quintero Quinchilla, de 59 anos, informou o portal "RCN".

O corpo foi levado de maca por familiares ao longo de sete quarteirões até o cemitério, conforme mostram as imagens que repercutem nas redes sociais. Assista:

“Peço desculpas ao município, não somos vândalos, mas como pobres temos que agir assim para que eles nos escutem”, disse Rosa Katherine Quintero, a filha mais velha, ao jornal "El Heraldo", acrescentando que a família vai arrecadar uma quantia junto à comunidade onde mora para pagar os danos ao hospital.

Como justificativa, os parentes contrariaram o laudo médico e disseram que Ramón não estava com Covid-19, mas que sofria de problema respiratório. No entanto, segundo a a mídia local, o paciente tinha testado positivo. Por causa da pandemia, ele deveria ter sido sepultado seguindo as medidas sanitárias para evitar novas infecções.

O governador do departamento Magdalena, Carlos Caicedo, repudiu o ocorrido no Hospital San Rafael de Fundación e defendeu a abertura de um inquérito pela suposta omissão das unidades policiais responsáveis ​​pelo controle da ordem pública e convivência no município.

“Vamos pedir à Procuradoria-Geral da República que proceda à investigação da omissão cometida pelas autoridades municipais”, afirmou. “Compreendemos a angústia dos familiares, mas apelamos a todos para que cumpram com a sua obrigação de respeitar os protocolos de biossegurança e as normas estabelecidas pelas autoridades, para proteger a vida, saúde e integridade física das pessoas e respeito ao corpo médico do serviço", afirmou.