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Da Redação
Publicado em 30 de agosto de 2022 às 19:23
O modelo Bruno Fernandes Moreira Krupp, réu no caso de homicídio do estudante João Gabriel Guimarães, foi denunciado pelo Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) por estelionato. A denúncia foi apresentada pela 1ª Promotoria de Investigação Penal Territorial da Área Zona Sul e Barra da Tijuca do Núcleo Rio de Janeiro. >
De acordo com a nova denúncia, Bruno Krupp se fazia passar por intermediário, enquanto o segundo denunciado, Bruno Monteiro Leite, se dizia proprietário de uma suposta agência de viagens. Dessa forma, ambos enganavam as vítimas com a oferta de compras de pacotes de viagens para hospedagem no Hotel Nacional, localizado na zona Sul carioca, atraindo-as com a prática de valores reduzidos, alegando que a suposta agência teria acesso a preços promocionais.>
As vítimas, então, efetuavam o pagamento diretamente para a conta bancária de Bruno Monteiro Leite. As reservas, por sua vez, eram feitas pela dupla utilizando cartões fraudulentos de titularidade de terceiros, os quais posteriormente tinham os pagamentos recusados pelas operadoras de cartão de crédito ao Hotel Nacional, por motivo de fraude, já que seus titulares desconheciam a utilização dos referidos cartões para a realização destas reservas.>
Consta dos autos que o somatório das recusas das operadoras de cartões de crédito referentes às diversas hospedagens realizadas pelos denunciados totalizou um prejuízo superior a R$ 400 mil. Segundo gerente do estabelecimento, os próprios denunciados também teriam se hospedado no Hotel Nacional em diversas ocasiões, utilizando cartões de créditos como meio de pagamento. E algumas dessas reservas foram apontadas pelas operadoras dos respectivos cartões como fraudulentas, gerando ainda mais prejuízo.>
De acordo com o MPRJ, pelos fatos apurados, os denunciados estão incursos nas sanções do artigo 171, caput, (quatro vezes), na forma do artigo 69, ambos do Código Penal. O MP fluminense requer à Justiça que sejam decretadas medidas cautelares diversas da prisão, consistentes no comparecimento bimestral em juízo, para informar e justificar atividades; na proibição de se ausentar da Comarca; e no recolhimento domiciliar no período noturno e nos dias de folga.>
Atropelamento>
O juiz Gustavo Kalil, da 4ª Vara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ), aceitou na última sexta-feira, 26, a denúncia do Ministério Público contra o modelo Bruno Krupp por homicídio com dolo eventual, quando o réu assume o risco de matar. Por volta das 23h do dia 30 de julho, ele pilotava, sem habilitação, uma moto em alta velocidade e atropelou o estudante João Gabriel Guimarães, de 16 anos. O acidente ocorreu na Avenida Lúcio Costa, na Barra da Tijuca.>
Laudos apontam que Bruno Krupp mentiu ao afirmar que freou antes do atropelamento>
No início desta semana, a defesa de Bruno Krupp havia pedido o habeas corpus do modelo, preso preventivamente. Desde o acidente, ele está hospitalizado e o estado de saúde do modelo teria piorado, segundo o pedido emitido por seus advogados. A decisão emitida pela Justiça do Rio mantém a prisão preventiva de Krupp.>
O pedido de abrandamento da penalidade alega que não foi um caso de dolo eventual, mas de culpa consciente.O réu não teria assumido o risco de cometer um homicídio, ele sabia do perigo, mas achava que o crime não iria ocorrer, segundo os advogados. A defesa também alega que Bruno ultrapassou o sinal verde, e no local há baixo movimento no horário do atropelamento, portanto, a alta velocidade seria uma medida de segurança.>
Ao acatar a denúncia, o juiz Gustavo Kalil indica que há indícios de que o jovem dirigia costumeiramente de forma perigosa. No dia do acidente, Krupp estaria trafegando a 150 km/h em uma pista cuja velocidade máxima permitida é de 60 km/h. Três dias antes do acidente, ele foi parado por uma blitz e recebeu três multas: a moto não estava emplacada, ele não possuía carteira de habilitação e se recusou ao teste do bafômetro.>