Cadastre-se e receba grátis as principais notícias do Correio.
Agência Correio
Publicado em 12 de junho de 2025 às 17:30
A cidade está repleta de pombos, mas onde estão os seus filhotes? Esse questionamento comum esconde uma estratégia parental extraordinária. Os pombos, conhecidos por sua adaptação urbana, mantêm seus jovens em um regime de proteção quase invisível. >
A resposta reside nos ninhos estrategicamente escondidos e na dedicação dos pais, que garantem o desenvolvimento completo dos filhotes antes que eles se aventurem no cenário público. É um processo de criação rigoroso e eficaz.>
Portanto, a ausência de filhotes nas ruas não é um mistério, mas sim um testemunho do instinto de sobrevivência e dos cuidadosos hábitos reprodutivos que permitem a proliferação desta espécie em nosso meio.>
Pombos constroem seus ninhos em locais que oferecem máxima proteção. Isso inclui áreas montanhosas em ambientes naturais e, nas cidades, refúgios como viadutos, cavidades em edifícios e telhados. Essa discrição é fundamental para a segurança da espécie.>
Eles mantém um hábito reprodutivo muito discreto, quase imperceptível aos humanos, com o objetivo de proteger os filhotes de predadores. Falcões, gaviões, corujas e até gatos domésticos representam ameaças frequentes.>
Ambos os pais participam ativamente dos cuidados, chocando os ovos por 20 dias e, em seguida, alimentando os filhotes até que estejam prontos para deixar o ninho. Eles passam de pequenos e cegos a jovens com plumagem cinza em cerca de 30 dias.>
Os pombos jovens permanecem no ninho por um período significativo, geralmente entre 25 e 40 dias. Eles só deixam o abrigo quando já são grandes o suficiente e têm suas penas bem desenvolvidas, assemelhando-se aos adultos.>
Essa estratégia garante que, ao saírem, eles possam se misturar facilmente à população adulta, passando despercebidos como filhotes. Assim, diminuem a chance de serem percebidos por predadores ou de se tornarem vulneráveis a acidentes.>
É importante lembrar que, embora os pombos ajudem na dispersão de sementes, não é aconselhável alimentá-los com migalhas de pão ou outros alimentos humanos. Isso pode prejudicar sua saúde e superpopulação, impactando o ecossistema.>