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Da Redação
Publicado em 13 de junho de 2023 às 22:02
- Atualizado há 2 anos
A atriz Paula Picarelli, que interpreteu Rafaela na novela "Mulheres Apaixonadas" da Globo, passou 9 anos afastada das teledramaturgias. Intérprete do par romântico com Clara (Alinne Moraes), um dos primeiros romances lésbicos bem aceitos por brasileiros, ela revelou, recentemente, ter entrado para uma seita.>
Em 2018, a atriz contou, no livro "Seita", que passou anos em um culto que, entre outras coisas, envolvia o consumo de ayahuasca, bebida alucinógena usada em rituais religiosos.>
Ela negou, no entanto, em entrevista ao Uol em 2018, que tudo que está no livro é realidade, e reforçou que misturou ficção e realidade.>
Paula negou, ainda, ter entrado na seita por conta da fama repentina. "Eu tinha um certo complexo de inferioridade e hoje vejo isso com mais clareza. Me sentia burra e achava que as pessoas da seita eram interessantes, inteligentes e sabiam melhor o que fazer com a minha vida. Eu achava que tinha poderes paranormais. As pessoas me diziam isso e eu acreditava, me sentia especial. Quem não quer se sentir diferente dos outros?", disse, na época.>
Ela só decidiu sair quando percebeu que só continuava por medo. "Quando se começa a questionar alguma coisa ali, o último recurso deles são ameaças. O último fio que me ligou ao grupo foi o medo. Tinha medo de que alguém louco de ayahuasca pudesse me fazer mal, até no plano espiritual. Aí entendi que não podia ficar apenas por medo. Resolvi sair".>
A atriz continuou trabalhando na TV. Paula apresentou o programa Entrelinhas, da TV Cultura, de 2005 a 2013. Também atuou nas séries "Psi" e Escola de Gênios (2018-2020) e segue no teatro.>
Hoje, Paula, aos 44 anos, tem uma filha de 11 anos, com a qual assiste a novela que a alçou ao sucesso.>
"Sofia adora a história da novela e quer assistir comigo. Aqui, pelo menos dentro da bolha progressista da qual faço parte, o avanço está sendo gigante. Nossos filhos são criados com abertura de diálogo. Nós não precisamos nos esconder e disfarçar nossos amigos e amigas gays, e as crianças não têm estranhamento com relação a isso, comprovo isso diariamente. É uma realidade muito diferente das nossas criações", disse ao Gshow. >