Vai levar seu pet à praia? É preciso tomar alguns cuidados; confira

É bom ficar atento para o lazer não se transformar em problemas

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  • Carmen Vasconcelos

Publicado em 22 de fevereiro de 2016 às 10:00

- Atualizado há um ano

As férias chegaram ao fim, mas os finais de semana de sol e praia não. Quem não dispensa a companhia do seu melhor amigo nessas oportunidades, precisa ficar atento para que o lazer não se transforme numa fonte de problemas de saúde para o seu peludo.

De acordo com a veterinária e especialista em animais de companhia da Elanco, Bruna Tadini, no passeio na praia, é preciso estar atento às infestações por bicho geográfico e a picada do mosquito responsável por transmitir o verme do coração. Como não é possível assegurar a saúde de outros animais que deixam dejetos e contaminam a areia, a saída é cuidar do próprio pet.  “Para prevenir e controlar essas e outras parasitoses, é fundamental manter a vermifugação do animal sempre atualizada”, conta a médica.

Ela explica que a contaminação se dá, principalmente, por meio do focinho e das patas. No caso do bicho geográfico, ficam pontinhos nesses locais que lembram uma infecção por olho de peixe. No caso do verme do coração, a infecção acontece por meio da picada de um mosquito que pode ser o Aedes, Culex, Anopheles ou Mansonia. Esses insetos adoram lugares de praia, represas, rios e lagos, daí a necessidade de atenção redobrada.(Foto: Divulgação)

Aos primeiros sinais de vômito, diarreia, perda de peso, o animal deve passar por uma avaliação médica, com relato da visita à praia. “A vermifugação precisa ser feita mensalmente para que se possa contemplar todo o ciclo de crescimento desses parasitas, pois nenhuma medicação consegue matar os ovos desses microorganismos”, completa a veterinária.

Outra dica importante é manter a higiene dos locais habitados pelos animais de estimação. Na rua ou em casa, as fezes devem ser sempre recolhidas e descartadas de modo apropriado nos vasos sanitários. “Esse cuidado evita reinfestação ou contaminação de outros animais e de humanos”, esclarece Bruna Tadini.  A manutenção do calendário vacinal sempre atualizado também se soma a essas iniciativas para garantir a saúde do seu melhor amigo não apenas nos dias quentes de verão, mas durante todo o ano.

Como a ideia é aproveitar a praia ao máximo, além de cuidar dos mosquitos e parasitas, é importante não esquecer que as altas temperaturas também representam um risco para a saúde e a vida dos cães. Logo, busque passear nos horários mais frescos do dia, antes das 10 horas e após as 16h. “Os cães sentem muita dificuldade para controlar as temperaturas corporais, pois só transpiram pela língua e patas, daí a importância de atentar para a temperatura do solo e os sintomas de hipertermia”, esclarece.

Na hora de retornar da praia, rios, piscina, a sugestão é que o animal seja banhado para explicar que a pele fique irritada. Além do banho, é importante que a pelagem fique bem seca para evitar que a umidade e o calor sejam facilitadores da ação dos fungos.