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Cia de Teatro da Ufba apresenta Eduardo II

Temporada no Teatro Martim Gonçalves começa nesta quinta (26) e segue até dia 12 de novembro

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  • Da Redação

Publicado em 26 de outubro de 2023 às 07:00

Peça Eduardo II tem texto de João Sanches e direção de Thiago Romero
Peça Eduardo II tem texto de João Sanches e direção de Thiago Romero Crédito: Caio Lirio

Um tigre negro queer precisa lutar para manter-se rei. Esse é o ponto de partida de Eduardo II, nova montagem da Cia de Teatro da Ufba, que inicia temporada gratuita hoje no Teatro Martim Gonçalves, onde segue até dia 12/11, de quinta a domingo, às 19h. A retirada de ingressos acontece pelo Sympla.

A obra revisita fatos históricos para abordar uma série de questões contemporâneas como polarização política, autoritarismo, manipulação da opinião pública, LGBTfobia, misoginia, discriminação de classe e de raça.

Texto inédito de João Sanches, também docente da Escola de Teatro da Ufba, a peça é inspirada na obra de Christopher Marlowe, na adaptação de Bertolt Brecht e em fatos reais ocorridos na Inglaterra do século XIV e no Brasil atual. A encenação é assinada pelo multiartista Thiago Romero e o projeto reúne 25 pessoas, de maioria negra e LGBTQIAPN+, sendo 17 atuantes em cena.

A peça gira em torno da relação homoafetiva entre o rei Eduardo II e o plebeu Daniel Gaveston. A intriga é desencadeada a partir da volta de Gaveston, que havia sido exilado pelo pai de Eduardo II. Contrariando os nobres e os religiosos, assim que é coroado, Eduardo II permite a volta do seu amado, lhe concedendo muitos títulos e bens, o que desperta o ódio e a reação das elites. A divisão interna do reino, causada pelas desigualdades e agravada pela crise econômica, somada a uma campanha difamatória motivada por homofobia, abre espaço para a guerra civil.

Num primeiro momento, o povo apoia o golpe, a insubordinação ao rei Eduardo II e a perseguição ao seu companheiro. No tempo, a crise só aumenta e os novos ocupantes do poder mostram seus reais interesses e métodos inconfessáveis, o que leva a população a rever suas próprias escolhas.

O trabalho cruza as pesquisas dos dois diretores, ambas relacionadas à cena contemporânea. Thiago Romero estuda a criação de um “Teatro da Bixa Preta”; enquanto João Sanches estuda as relações entre Dramaturgia e Performance.