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Emicida conta a história do samba em podcast

Em série documental de dez episódios, rapper fala de sambistas como Adoniran Barbosa e a baiana Tia Ciata

  • Foto do(a) author(a) Roberto Midlej
  • Roberto Midlej

Publicado em 16 de março de 2024 às 06:00

Emicida
Emicida Crédito: Bruno Trindade/divulgação

Foi o rap que consagrou Emicida como um dos compositores de maior qualidade e um dos mais populares do Brasil neste século. Mas já faz um bom tempo que o cantor paulista de 38 anos anda flertando com outro gênero musical, muito mais brasileiro que o rap: o samba.

O álbum Amarelo (2019), um dos melhores de sua carreira, já mostrava que ele sabia, como poucos, fundir rap, MPB e samba. O ritmo que consagrou nomes como Martinho da Vila e Paulinho da Viola foi também um dos assuntos do documentário que levava o nome do disco, apresentado por Emicida, que, ali, fazia uma relação entre o samba e a Semana de Arte Moderna de 22.

Agora, é a vez do rapper se aprofundar ainda mais na história do ritmo que tem a cara do Brasil: o cantor e compositor é o apresentador do podcast Sambas Contados, que estreou no streaming. Para contar a história do samba, a série, em cada um dos dez episódios, parte de um nome relevante deste gênero musical. O primeiro, por exemplo, é sobre a baiana Tia Ciata, mãe de santo que, no quintal da própria casa, no Rio de Janeiro, organizava encontros musicais que foram essenciais para a afirmação do samba.

Já estão disponíveis cinco episódios e na próxima semana, entre os dias 18 e 22, estreiam, a cada dia, novos capítulos. Além de Tia Ciata, já estão lá as histórias de Adoniran Barbosa, Dionísio (Barbosa), Aparecida e Marçal. A escolha desses primeiros nomes é interessante, afinal são figuras pouco populares - com exceção de Adoniran -, que merecem ter sua história registrada, já que o Brasil, com o perdão do clichê, é "um país sem memória".

O roteiro da série, no entanto, peca, em alguns momentos, por se estender demais a temas tangenciais, que fogem da personalidade central do episódio. No capítulo dedicado a Adoniran, por exemplo, há uma tentativa de relacionar a história do sambista paulistano ao quadrinista americano Will Eisner, criador do personagem The Spirit. A cabeça do colunista deu um nó e até agora tenta entender a analogia criada por Emicida, que é um apaixonado por HQs.

Outro problema é que nos dois primeiros episódios é apenas o apresentador que fala, o que dá certa monotonia ao podcast. Entrevistas e outros recursos dariam uma agilidade maior à narração, que, claro, ganha charme na voz do rapper, sempre cheio de carisma e com seu característico sotaque. As primeiras entrevistas - com sambistas e estudiosos de música - só surgem no terceiro episódio e aí a coisa ganha mais ritmo.

A delícia e a dor da vida urbana inspiram autores baianos

A editora baiana P55 está completando agora a marca de 50 títulos publicados dentro da coleção Cartas Bahianas, formada apenas por autores estabelecidos na Bahia. Os títulos mais recentes são Anatomia de uma Cidade, de Moema Franca e O Ser Acinzentado, de Matheus Peleteiro. Anatomia de Uma Cidade tem 18 crônicas que revelam uma atenção especial da autora à cidade que ela escolheu para viver, Salvador, já que ela é sergipana. Violência, racismo e misoginia são alguns dos temas abordados por Moema. Já Peleteiro opta por um monólogo que promove uma ode à cidade e ao ambiente urbano. O protagonista, um apaixonado pelo ritmo frenético da metrópole, deleita-se com excessos visuais e de iluminação e faz questão de absorver o "aroma" da poluição. Qualquer um dos títulos da coleção está à venda no site da P55 por R$ 30.

Os mais novos livros da coleção Cartas Bahianas
Os mais novos livros da coleção Cartas Bahianas Crédito: divulgação

Saudade que aperta o coração de uma família

No interior da Bahia, uma mãe e seus três filhos vivem cotidianamente a dor da saudade de Jairo, quarto filho da matriarca e que foi morar em São Paulo. Esse é o mote da peça Partiste, que tem direção de Icaro Bittencourt e está na Sala do Coro do TCA. O texto do dramaturgo baiano Paulo Henrique Alcântara será apresentado até 24 de março, às 20h, aos sábados e domingos. A montagem é protagonizada por uma das grandes atrizes do teatro baiano: Marcia Limma, a consagrada intérprete do solo Medeia Negra, com o qual foi indicada como melhor atriz ao Prêmio Braskem de Teatro (2018) e ao Prêmio Cenym Nacional de Teatro (2019). Os ingressos custam R$ 30 (inteira) e R$ 15 (meia). Assinante Clube CORREIO paga R$ 18.

Elenco de Partiste; à direita, o dramaturgo Paulo Henrique Alcântara
Elenco de Partiste; à direita, o dramaturgo Paulo Henrique Alcântara Crédito: 1) Spike Luu/div. e 2) Guilherme Rocha/div

Comédia francesa na Saladearte

Os franceses têm feitos boas comédias e O Livro da Discórdia está aí para confirmar isso. O filme aborda as relações entre os membros de uma família argelina que vive na França. No filme, o protagonista Youssef Salem é um escritor descendente de argelinos que mora em Paris. Ele lança um romance inspirado na sua família e na forma como as questões relacionadas à sexualidade eram tratadas no ambiente onde cresceu. Apesar do sucesso, o livro deixa as relações familiares bastante tensas. Em cartaz na Saladearte do MAM e do Museu da Vitória.