Cadastre-se e receba grátis as principais notícias do Correio.
Doris Miranda
Publicado em 2 de fevereiro de 2017 às 00:05
- Atualizado há 2 anos
Katherine Johnson, Dorothy Vaughan e Mary Johnson poderiam ter se acomodado nos segregacionistas anos 60, ficado em casa para cuidar dos filhos ou, no máximo, virar professoras, ganhando centavos por hora/aula. Mas essas mulheres negras de natureza ambiciosa, com a mente focada no futuro, brigaram na vida real e no filme que conta suas histórias para fazer a diferença na Nasa, como as matemáticas brilhantes que protagonizam o drama otimista Estrelas Além do Tempo. Janelle Monáe, Taraji P. Henson e Octavia Spencer: as estrelas além do tempo (foto/divulgação)
Indicado ao Oscar em três categorias, o filme, dirigido por Theodore Melfi e estrelado por Taraji P. Henson, Octavia Spencer e Janelle Monáe, desbancou favoritos e teve seu elenco eleito como o melhor da temporada na premiação do Sindicato dos Atores da Indústria Audiovisual americana (SAG).
Provavelmente, não conseguirá desbancar La La Land, que disputa 14 estatuetas, mas a trama produzida pelo pop star Pharrell Williams tem seus trunfos. Primeiro, o elenco azeitadíssimo, reunido para falar de questões urgentes, como segregação racial (em amplo espectro) e os espaços e diretos das mulheres. O público americano entendeu e respondeu à altura: lançado nos EUA no Natal, Estrelas Além do Tempo tornou-se um fenômeno popular, ultrapassando os US$ 100 milhões de bilheteria. Uma plateia decidida a descobrir quem foram as três funcionárias negras da Nasa fundamentais para que a agência americana recuperasse o terreno perdido para os soviéticos na corrida espacial. Uma história baseada em fatos reais que “jamais foi estudada nos livros escolares, nem mesmo no mês da consciência negra”, como destaca a cantora Janelle Monáe.
Uma injustiça histórica que ganhou eco na sociedade americana em meio à nova realidade na Casa Branca, sem Barack Obama . “Cresci em uma cidade próxima de onde os fatos narrados no filme aconteceram e ninguém me falou dessas mulheres. Mais de meio século se passou e a aceitação, pela sociedade americana, de negros como eu, é fato. Mas não há, no entanto, celebração de pessoas de cor, especialmente mulheres, que tiveram papel relevante na área científica. Resolvi produzir esse filme porque precisamos, agora mais do que nunca, divulgar esses exemplos reais”, arremata Pharrell.
Cotação:
Horários:
UCI Orient Shopping da Bahia 1 (dub) 16h | 18h40 | 21h20 (leg) UCI Orient Shopping Barra 8 Delux 14h40 | 17h20 Cinemark Salvador Shopping 10 12h20 | 15h20 | 18h20 | 21h20 Cinépolis Bela Vista 9 (dub) 13h10 | 16h | 18h50 | 21h50 (leg) Esp. Itaú Glauber Rocha 2 (dub) 15h | 17h30 | 20h