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Roberto Midlej
Publicado em 27 de junho de 2023 às 06:00
Que a pandemia de covid mexeu com a vida de todos, já estamos cansados de saber. E por isso mesmo muita gente resolver dar uma virada em seu estilo de vida, realizar uma grande transformação em sua rotina. O empresário Bruno Wainer, ligado ao cinema, decidiu que era hora de dar uma freada no ritmo e buscou refúgio na meditação, terapia, e também recorreu a livros e documentários. Assim, enfrentou a angústia e conseguiu transformar-se. >
Foi a partir de sua vivência individual que ele decidiu compartilhar com sua experiência com outras pessoas e, por isso, criou um serviço de streaming voltado para temas como bem-estar, saúde mental e ativismo ambiental. A plataforma Aquarius (www.vivaemaquarius.com.br) está disponível desde o último dia 14 com cerca de 100 títulos em seu catálogo e promete lançar cinco filmes por mês. A assinatura custa a partir de R$ 27,90 por mês, a depender do plano.>
"A ideia de criar o Aquarius é uma maneira de colocar em prática o aprendizado dos últimos anos. Uma plataforma de streaming reunindo o melhor conteúdo audiovisual sobre questões contemporâneas importantes, como meio-ambiente, ciência e espiritualidade. Minha pequena contribuição na busca de um mundo ecologicamente sustentável, inclusivo, acolhedor, e, sobretudo, mais feliz", explica o empresário. Bruno é um dos fundadores da Downtown Filmes, distribuidora por trás de grandes sucessos nacionais e estrangeiros, como A Vida é Bela, Central do Brasil, Cidade de Deus e franquia Minha Mãe é uma Peça. >
Acervo>
O acervo do Aquarius é dividido em seis categorias: Espiritualidade; Saúde & Bem-Estar; Meio Ambiente; Ciência & Tecnologia; Artes; Saber & Sociedade. O trabalho de curadoria é do jornalista, pesquisador e dramaturgo Luiz Felipe Reis. No catálogo, estão filmes que envolvem personalidades como Matthieu Ricard, Amma, Deepak Chopra e Vanja Palmers.>
Entre as produções nacionais, está Samadhi Road, dos irmãos Ahimsa (Júlio e Daniel Hey. O documentário mostra a jornada espiritual da dupla pelo mundo, incluindo entrevistas com personalidades como Gilberto Gil, o mestre zen Kaz Tanahashi e a filósofa húngara Agnes Heller.>
Outro destaque nacional é o documentário Eu, primeira produção dirigida pela atriz Ludmila Dayer, de filmes como Vida de Menina (2004) e da novela Senhora do Destino (2004). O filme estreia nesta quinta-feira (29) e parte de uma experiência pessoal da atriz, que há quatro anos passou por uma crise de pânico e, mais tarde, descobriu que sofre de esclerose múltipla. >
“Dirigir e produzir ‘Eu’ foi a cura para a minha alma. Meu maior desafio foi construir uma história que falasse com todos, pois o filme não é sobre mim, mas sim sobre todos nós. É um abraço amigo, uma voz de esperança para aqueles que, em algum momento da vida, se sentiram sós e sem direção”, afirma a diretora.>
Retiro>
O filme tem depoimentos do neurocientista Diogo Lara, da psiquiatra Eleanor Luzes e do astrólogo Waldemar Falcão, entre outros. Um dos destaques é a xamã e mestre em jogos terapêuticos Max Tóvar, que teve papel importante na jornada de Ludmila, segunda a própria diretora, que realizou um retiro num espaço comandado por Tóvar e ali que nasceu o filme. >
“Eu tive contato com coisas muito profundas, ferramentas muito avançadas. Sempre fui uma pessoa muito fechada, muito reservada. Lidar com os meus problemas já era algo difícil, eu criava barreiras dentro de mim mesma. Foi lá que eu relaxei e realmente tive coragem de olhar as coisas de frente", revela Ludmila, que também é editora e produtora do filme, além de narrar seu depoimento. >
Ludmila é representada pela atriz Fernanda Souza, também produtora executiva do filme. A cantora Anitta participa como produtora associada. "Eu e Ludmila vivemos juntas situações parecidas na mesma época. Acho que o documentário tem tudo para ajudar e inspirar muita gente, como aconteceu comigo", diz a estrela pop, que também passou uma temporada com a xamã Max Tóvar.>