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Atriz francesa Marion Cotillard elogia Brad Pitt em novo filme, Aliados

Dirigida por Robert Zemeckis, Marion Cotillard atua em Aliados ao lado de Brad Pitt; filme rendeu polêmica na separação do ator

  • Foto do(a) author(a) Carmen Vasconcelos
  • Carmen Vasconcelos

Publicado em 6 de fevereiro de 2017 às 05:01

 - Atualizado há 2 anos

A francesa Marion Cotillard  , 41 anos, recebeu vários prêmios e muito reconhecimento internacional por sua atuação em filmes como Eterno Amor (2004), Nine (2009), A Origem (2010). Ganhou um Oscar, um Globo de Ouro, um BAFTA e um Prêmio César, entre outros, por seu papel principal em Piaf - Um Hino ao Amor (2007). Atuou em filmes como Peixe Grande e Suas Histórias Maravilhosas (2003), Inimigos Públicos (2009) e Batman; O Cavaleiro das Trevas Ressurge (2012). A atriz francesa Marion Cotillard no drama de guerra Aliados (foto/divulgação) No período das gravações do filme Aliados, do diretor Robert Zemeckis, que estreia  no dia 16, a imprensa cogitou que a atriz Marion Cotillard seria a razão da seperação do casal Angelina Jolie e Brad Pitt. A atriz - que estava grávida na época - ignorou com elegância a maledicência e conseguiu extrair uma atuação de destaque no longa-metragem  que aborda os conflitos do oficial da Inteligência canadense, Max Vatan (Pitt), agente do governo britânico que é enviado a Casablanca, Marrocos, numa perigosa missão.

Ele acaba trabalhando com uma guerrilheira da Resistência Francesa, Marianne Beausejour (Cotillard), que se apresenta como sua esposa. Enquanto se preparam para um assassinato de alto nível, os dois acabam se apaixonando e decidem se mudar para Londres e casar. Os problemas só começam a aparecer anos depois, quando suspeitam sobre uma conexão entre Marianne e os alemães. Intrigado, Max decide investigar o passado da companheira. Indicado ao Oscar de melhor figurino, Aliados celebra o amor e a lealdade durante uma época em que morte e devastação causam muitos estragos. A Paramount Picture cedeu, com exclusividade, uma entrevista com a atriz.

Falaram que quando você leu o roteiro pela primeira vez, achou que tinha nascido para interpretar esse papel...

Eu li o roteiro quatro anos atrás porque minha agente amou essa história. Ela tinha certeza que era o papel para mim. Então, eu li e amei também. Três anos depois, a história começou a tomar forma com Robert Zemeckis e Brad Pitt envolvidos. O projeto se tornou mais emocionante ainda.

O que foi que você tanto amou neste roteiro?

Eu adorei o fato de ser uma obra de entretenimento, mas, ao mesmo tempo, com essa complexidade e profundidade de emoções com as quais os personagens lidam ao longo do filme. Eu achei tudo isso muito emocionante e rico.

O que você pode contar sobre a sua personagem, Marianne Beausejour?

Ela é uma espiã dedicada a sua missão e então, obviamente, é politicamente envolvida com o que faz. Ela deixa sua vida de lado pela causa que defende e, de repente, se encontra nesta missão onde acaba se apaixonando inesperadamente por outro agente - o que acaba trazendo uma nova perspectiva e outra luz para sua vida. Antes, ela realmente focava mais no que estava fazendo do que em quem ela era. Depois, ela decide viver esse amor e enfrenta toda a complexidade que vem junto quando alguém resolve mudar de vida - especialmente, durante um tempo de guerra, no qual ela estava envolvida como espiã.

Entretanto,  parece que a lealdade é um dos temas do filme, certo? Lealdade com sua posição como espiã e depois, talvez, essa característica se apresentando de forma inconstante à medida que ela se apaixona...

Ela nunca havia esperado se apaixonar. Isso não era parte do plano; especialmente na missão na qual estava envolvida, junto a outro espião (Max Vatan), interpretado por Brad Pitt. É quase uma missão suicida. Ela não sabe se vai sobreviver e isso não é a prioridade - o principal é matar o oficial alemão em questão. E, assim como acontece com muitos que servem a seu país, sua vida não é tão importante quanto sua missão. Ela está acostumada a este tipo de distanciamento, mas aí, de repente, aparece este sentimento forte e ardente que empurra a vida dela pra frente, algo que é irresistível e ela não consegue lutar contra a vontade de mergulhar de cabeça para viver esse amor, para experimentar esse sentimento que ela acreditava que nunca vivenciaria.  Marion faz par romântico com Brad Pitt e atuação rendeu polêmica na separação do ator (foto/divulgação)

O roteirista Steven Knight dividiu bastante coisa com você sobre o contexto dessa obra? Aparentemente, ele pesquisou muitas histórias reais...

O filme é inspirado numa história real, mas o autor trouxe diferenças para o roteiro se comparado às histórias verdadeiras. Ele modificou algumas coisas, mas a essência da história realmente aconteceu. Em todo filme, quando você tem uma personagem cujo passado é praticamente desconhecido, você precisa investigar e deixar a imaginação criar aquilo que você precisa para alimentar a personalidade dessa personagem e trazê-la à vida.

Você tem uma certa relação com esse período. O filme Eterno Amor se passa logo após a Primeira Guerra Mundial e Piaf - Um Hino ao Amor e Lisa dialogam com a Segunda Guerra Mundial...

É verdade, Lisa foi um filme que eu fiz com Jeanne Moreau que quase ninguém assistiu. Não era um filme muito grande, mas se passava durante a Segunda Guerra Mundial e foi uma pesquisa um pouco diferente. Eu precisei focar mais em como a vida era durante os anos 40, que tipo de música as pessoas escutavam e que tipo de perspectivas elas tinham. Ao chegar em Aliados, eu já tinha trabalhado neste tema, então foi muito bom voltar a este período através de uma personagem totalmente diferente - uma personagem que estava envolvida na guerra de uma forma bem diferente. Por já ter trabalhado em como era a vida na França nos anos 40, eu tinha uma boa bagagem sobre o tema.

Você tinha interesse em História durante sua vida escolar?

Na verdade, eu comecei a me interessar mais por História quando eu saí da escola (risos)! Mas, sim, eu acho muito interessante. O fato também de não aprendermos com o passado é algo muito incrível e sinistro de certa forma. Para mim, a História é importante e fascinante porque nos mostra a evolução do ser humano. Você aprende sobre você mesmo quando você aprende sobre História. Você aprende sobre você mesmo quando aprende sobre como os primeiros filósofos influenciaram a forma como pensamos hoje, quais foram as primeiras perguntas e como nós começamos a querer entender nossas vidas. A história da filosofia e a história das guerras são muito interessantes. A história da arte, por exemplo, explica muito sobre como vivemos hoje em dia, como pensamos e o que criamos a partir de tudo isso. 

Aliados deve ter sido um filme muito interessante de se fazer porque parece ser uma linda história da antiga Hollywood - algo como Casablanca, por exemplo - e, ao mesmo tempo, vem de um diretor com muita visão de futuro como Robert Zemeckis...

Sim, é verdade. Com certeza há um estilo das antigas produções de Hollywood neste filme, mas nada pode ser tão clássico assim por conta de quem está dirigindo. Bob Zemeckis é um verdadeiro visionário. Ele inventou coisas, mudou o cinema e faz coisas em seus filmes que nunca haviam sido feitas. Então, foi interessante ver o encontro entre esse estilo bem mais antigo filmado por alguém que nunca será clássico e cujo trabalho nunca será velho.

Há muita ação no filme envolvendo sua personagem?

Sim, há em diferentes partes no filme e, antes da Marianne decidir mudar de vida, tem também algumas cenas de ação que a envolvem. Mas, no geral, tem bastante ação no filme. Eu não faço parte de todas essas cenas, mas há muitas, sim.  Marion sendo dirigida por Robert Zemeckis no set de Aliados (foto/divulgação)Bob Zemeckis

O que te impressionou em Brad Pitt  como ator?

Ele estava muito envolvido com o filme e muito comprometido. Antes de começarmos a filmar, nós passamos duas semanas completas, talvez até um pouco mais, nos encontrando com o roteirista, com Bob Zemeckis e com Graham King (produtor) e realmente mergulhamos no roteiro e conversamos muito sobre ele durante um bom tempo. Nós trocamos ideias, conversamos sobre as personagens e sobre a história propriamente dita. Foi como um período de ensaio, mas sem ensaiar realmente, onde nós pudemos compartilhar nossas opiniões. Bob pode dividir com a gente sua visão para o filme e nós pudemos trazer novas ideias para a mesa. Esse foi um momento muito importante porque aí você passa a conhecer com que tipo de atores e diretor você irá trabalhar e, quando estiverem todos no set, você sabe que estarão ali contando a mesma história. 

Conta um pouco sobre os figurinos e a moda no filme. No trailer, a Marianne está usando um vestido de festa maravilhoso...

O processo todo do figurino foi fascinante porque tudo foi feito especialmente para o filme. Eu acompanhei o processo de criação dos figurinos e a Joanna Johnston é realmente uma figurinista surpreendente. Ela já trabalha com Bob há muitos anos, em quase todos os seus filmes. Foi realmente muito inspirador ver o trabalho de Joanna e conversar com ela sobre o estilo da personagem.