A estátua do jogador Daniel Alves, condenado a quatro anos e meio de prisão pelo estupro de uma mulher de 23 anos em uma casa noturna na Espanha, amanhaceu pichada nesta quarta-feira (28) em Juazeiro, cidade natal do atleta.

O monumento é alvo de críticas desde o início do julgamento e já tinha sido vandalizado na semana passada, neste caso, com adesivo colado no rosto do jogador.

A obra foi inaugurada no fim de 2020 e tem tamanho real. Ela mostra Daniel Alves com a camisa da seleção brasileira e uma bola nos pés.

A reportagem questionou à Prefeitura de Juazeiro se o monumento será retirado, mas não recebeu retorno até a última atualização desta matéria.

Além do protesto na própria cidade, Daniel Alves não é mais uma lenda do Barcelona. Ao menos, o lateral não consta mais na página de jogadores lendários do clube catalão em seu site oficial. A retirada foi feita após a condenação. 

O lateral teve suas passagens pelo clube catalão. A primeira durou oito temporadas, entre 2008 e 2016. Depois, ele retornou na virada de 2021 para 2022, mas disputou apenas 17 jogos, sendo 16 como titular.

O jogador Daniel Alves também teve a imagem retirada do museu do Bahia, localizado na Fonte Nova. O CORREIO apurou que a foto do lateral foi retirada após a divulgação da sentença. A reportagem procurou o Bahia, mas o clube não quis comentar o assunto.

A imagem do jogador ficava exposta em uma parede junto com a de outros ídolos do clube, entre Leone, campeão Brasileiro em 1959, e o lateral Mailson. Nesta sexta-feira (23), o local aparece vazio. Daniel Alves foi revelado pelo Bahia, mas ficou pouco tempo no Esquadrão. Lançado no time principal em 2001, ele conquistou a Copa do Nordeste no ano seguinte, antes de ser vendido ao Sevilla.